Após ataques no CE, celulares e TVs são apreendidos dentro de presídios
Promessa de tornar mais rígido o controle da entrada de eletrônicos em presídios foi um dos motivos da série de ataques dos últimos seis dias
Cidades|Márcio Neves, do R7
Agentes da SEAP(Secretaria da Administração Penitenciária) do Ceará apreenderam 407 celulares e centenas de televisores durante vistorias nos presídios de todo o estado neste final de semana.
Desde o anúncio do secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, em tornar mais rígido o controle de entrada de itens nos presídios e acabar com a divisão de facções, o estado do Ceará passou a enfrentar uma série de ataques em diversas cidadesdo estado.
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Segundo a SEAP, dois presídios do estado também tiveram suspensas as visitas de familiares. "A Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (conhecida como CPPL I) e a Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III), em Itaitinga, foram as unidades nas quais os presos sofreram a medida, em virtude de indisciplina", afirmou a nota.
Ataques
Desde quarta-feira (2), 148 suspeitos foram presos e dois morreram em confronto com policiais. Cerca de 100 policiais militares da Bahia chegaram para reforçar a segurança no Ceará. Eles serão distribuídos pelas cidades atacadas, que passam de 30. Além dos agentes da Força Nacional, o Ceará deve receber ainda policiais de outros estados do Nordeste.
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O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) informou que caiu o número de ataques em Fortaleza e região metropolitana, após as primeiras 24 horas de atuação da Força Nacional de Segurança. As tropas começaram a atuar na capital do Ceará no sábado (5).
Houve 45 ataques na quinta-feira, um na sexta e 38 no sábado. No domingo, foram registrados outros 23. A reportagem do R7 solicitou o levantamento atualizado de ataques, mas ainda não obteve resposta
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O governador Camilo Santana, que assumiu na terça-feira (1º) o segundo mandato, para o qual foi reeleito em outubro de 2018, havia dito em janeiro do ano passado que das 441 mortes registradas nos primeiros 29 dias de 2018, 84% eram vinculadas às facções criminosas. O principal grupo criminoso do Ceará é o GDE (Guardiões do Estado).