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Após onda de ataques, empresas de ônibus de SC reduzem frota nas ruas

Desde a última segunda-feira, 17 ônibus foram incendiados

Cidades|Do R7

Desde a última segunda-feira, 17 ônibus e oito automóveis – entre eles, viaturas policiais - foram incendiados
Desde a última segunda-feira, 17 ônibus e oito automóveis – entre eles, viaturas policiais - foram incendiados Eduardo Valente

A onda de violência registrada em Santa Catarina começa a alterar a rotina da população. Em Florianópolis, mesmo durante o feriado, os usuários do transporte público enfrentaram problemas. Nas primeiras horas da manhã, as empresas de ônibus retiraram os veículos de circulação, causando aglomeração de pessoas nos terminais. A situação só voltou ao normal após uma reunião entre os empresários de transporte, governo estadual, prefeitura de Florianópolis e representantes das polícias.

Na reunião, o poder público voltou a dar garantias de escolta aos veículos, mas afirmou que não pode dar proteção a todos os ônibus. As empresas, então, decidiram reduzir o número de veículos à disposição dos usuários. O diretor da Canasvieiras Transporte, Jucélio Santana, que já teve três ônibus incendiados desde segunda-feira, pediu por meio da imprensa que a população tenha paciência.

— Estamos agindo dessa forma para dar segurança aos funcionários e à população. Por isso, peço que as pessoas entendam a situação e tenham paciência.

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Da noite de quarta-feira (14) até a manhã de quinta (15), pelo menos 12 atentados foram registrados nas cidades de Florianópolis, Itajaí, Tijucas e Palhoça e Itapema. A novidade é que, agora, os criminosos também atacam sob a claridade do dia.

Em Itajaí, pela manhã, bandidos atearam fogo em um ônibus. Por volta das 16h, em Itapema, dois homens tentaram, sem sucesso, incendiar outro veículo. Na fuga, foram interceptados por uma viatura policial. Houve troca de tiros. Um dos homens foi atingido e morreu. O comparsa conseguiu fugir.


Apesar da escalada dos ataques, o governador Raimundo Colombo declarou que "a situação está sob controle". Reiterou que não é possível confirmar a existência da facção criminosa PGC (Primeiro Grupo da Catarinense) e afirma que a hipótese dos atentados serem ordenados de dentro dos presídios é apenas uma das linhas de investigação.

Ele admitiu ainda que poderá aceitar ajuda federal.


— Nesta hora temos que somar todas as forças, não dá para fazer uma análise política. Estou em contato com o Ministério da Justiça, com os órgãos de inteligência federal. Se piorar, se houver recrudescimento, se houver necessidade, vamos buscar apoio.

O delegado geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro, afirmou que a investigação aponta que os últimos atentados são realizados por vândalos e oportunistas. Seriam criminosos sem ligação com qualquer estrutura dentro dos presídios.

— Sobre as organizações que atuam nas penitenciárias, são grupos que não se comunicam entre si. Não acreditamos que haja uma facção, como as que existem em São Paulo ou Rio de Janeiro.

Até a tarde desta quinta-feira, 30 pessoas relacionadas aos ataques haviam sido detidas.

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