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Brasil tem 57 mil pessoas que vivem em barracas e tendas, mostra IBGE

Levantamento indica que número corresponde a 35,3% dos 160 mil moradores de domicílios improvisados pelo país

Cidades|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

SP foi o estado que apresentou o maior número de moradores Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo

O Brasil tem 56.600 pessoas que vivem em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido. O número corresponde a 35,3% dos 160 mil moradores de domicílios improvisados e 0,03% do total da população brasileira. Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo classifica como domicílios particulares improvisados as residências localizadas em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, em estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas, em calçadas, praças ou viadutos e em abrigos naturais, bem como as estruturas móveis (como veículos e barracas).

Em relação à distribuição geográfica, o estado de São Paulo foi o que apresentou o maior número de moradores para todos os tipos de domicílios improvisados, com a exceção dos veículos, para qual a liderança coube ao Amazonas.

O IBGE destaca que, apesar de a região Centro-Oeste ser a menos populosa do país, com apenas 8% dos brasileiros, 18,1% das pessoas que vivem em barracas e tendas estão na região.


Moradores de domicílios particulares improvisados Luce Costa/Arte R7

Em relação ao perfil demográfico dos moradores, 55,9% da população que mora em barracas e tendas são homens.

Quanto à estrutura etária, a categoria “tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido” apresentou uma população mais jovem do que o conjunto da população brasileira. Enquanto as crianças de 0 a 9 anos representavam 13% da população brasileira em 2022, esse grupo de idade representava 18,8% dos moradores em tendas ou barracas.


Taxa de analfabetismo

Os moradores dos domicílios improvisados com 15 anos ou mais também apresentaram, em 2022, taxas de analfabetismo superiores às verificadas entre a população brasileira como um todo.

Taxa de analfabetismo - Domicílios improvisados Luce Costa/Arte R7

A parcela da população que mora em tenda e barraca é a tem a taxa mais alta de analfabetismo (22,3%), segundo o IBGE. Já o índice mais baixo (9%) ficou com os moradores de estabelecimentos em funcionamento.

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