Brasil tem a segunda maior taxa do G20 de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza internacional
Publicação do órgão diz que, em 2022, país tinha 3,5% da população vivendo com menos de US$ 2,15 por dia, aproximadamente R$ 11
Cidades|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta terça-feira (9) que o Brasil é o segundo país do G20 — grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana — com o maior número de pessoas extremamente pobres. Em 2022, de acordo com o órgão, 3,5% dos brasileiros viviam com menos de US$ 2,15 por dia, aproximadamente R$ 11. À frente do Brasil, está apenas a Índia, com uma taxa de 12,9%.
Segundo o levantamento, o top 10 de países do G20 com as maiores taxas de extrema pobreza também é composto por: Indonésia (2,5%), México (1,2%), Itália (0,8%), Argentina (0,6%), Turquia (0,4%), Reino Unido (0,2%), Estados Unidos (0,2%) e França (0,1%).
Os dados do IBGE são da publicação ‘Criando Sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – Caderno Desigualdades – primeiras análises’. O documento traz estatísticas sobre sete indicadores globais dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que apresentam um retrato das desigualdades dentro dos países do G20 e entre eles, com a informação mais recente disponível para a maioria dos países.
As ODS analisadas pelo levantamento são pobreza, saúde, educação, gênero, crescimento econômico e trabalho decente, desigualdades e paz, justiça e instituições eficazes.
Segundo o IBGE, “a desagregação de dados para os indicadores ODS é fundamental para a implementação da Agenda 2030 e seu princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, pois permite captar a população em situação de vulnerabilidade e as desigualdades, para então combatê-las através de políticas públicas”.