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Brasiléia, no sul do Acre, se torna porta de entrada para milhares de haitianos

Grupo de refugiados já soma 13 mil pessoas, que buscam emprego e novas oportunidades

Cidades|Do R7, com Jornal da Record

Haitianos ficam alojados em abrigos, onde recebem três refeições
Haitianos ficam alojados em abrigos, onde recebem três refeições Haitianos ficam alojados em abrigos, onde recebem três refeições

Uma pequena cidade, do Norte do Brasil, é a porta de entrada para milhares de trabalhadores que reforçam a mão de obra de empresas do Sul e do Sudeste.

No começo, os haitianos fugiam da fome e da devastação, provocadas pelo terremoto de 2010, que matou mais de 200 mil pessoas. Hoje, esse grupo de estrangeiros já soma 13 mil refugiados, que buscam emprego e novas oportunidades.

E o número de haitianos que entraram no Brasil em situação muito precária aumentou em quase 10 vezes. Em um dos dias, cerca de 50 pessoas chegaram de uma vez, de acordo com Damião Melo, o coordenador do abrigo onde todos ficam. No local, eles se amontoam com colchões e têm a oportunidade de ter três refeições.

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Assim que chegam, esses estrangeiros precisam se regularizar no País. Eles tiram CPF e até carteira de trabalho. Com os documentos em mão, muitos conseguem um emprego na região e podem mesmo abrir uma conta. 

Com a notícia de que haitianos são bem recebidos no Brasil, também começam a chegar mulheres grávidas, pessoas de idade e até crianças.

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A situação dos menores que atravessam a fronteira desacompanhados preocupa a promotora de Justiça, Diana Tabaliba, que trabalha do lado do abrigo.

— Eles estão ingressando sozinhos no Brasil, hora com cunhados, hora com primos, hora com amigos. A situação é muito séria, é muito grave. E o que acontece? Esses meninos chegam para cá e não tem onde por.

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A promotora também critica a piora no atendimento público na cidade depois da chegada dos haitianos. 

— Nós não temos dinheiro, nós não temos estrutura. Nós estamos tirando a camisa de um para vestir no outro. A verdade é essa.

Apesar do aumento do fluxo de refugiados, a permanência deles em Brasiléia é cada vez menor. O motivo é a grande oferta de trabalho, já que empresários desejam contratar legalmente os imigrantes. Pelo menos 40 haitianos deixam o Acre por dia para prestarem serviços em outros Estados, principalmente, os do Sul.

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