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Buscas por nove desaparecidos após queda de ponte entre TO e MA chegam ao 5º dia

Ponte ficava sobre o Rio Tocantins, conectando as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA); oito mortes foram confirmadas

Cidades|Do R7

Buscas continuam cinco dias após desabamento de ponte Marinha do Brasil/ reprodução

Nove pessoas seguem desaparecidas cinco dias após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Na quinta-feira (26), mais duas pessoas foram localizadas e o número de mortos na tragédia subiu para oito. Os corpos foram localizados por mergulhadores da Marinha a cerca de 35 metros de profundidade. A ponte tinha 533 metros e ficava sobre o Rio Tocantins, conectando as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A estrutura cedeu, na tarde de domingo (22), e dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas foram afetados.

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Nessa quinta-feira (26), o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), decretou três dias de luto no estado pelas vítimas do acidente. “Minha solidariedade aos que foram atingidos nessa tragédia. Reafirmo o nosso compromisso, junto às demais autoridades, em trabalhar para que as vítimas sejam resgatadas”, disse. O mesmo gesto foi decretado na segunda-feira (23) no Tocantins. “Esse gesto simboliza a nossa profunda consternação diante dessa tragédia que abalou não apenas o nosso estado, mas também o Maranhão e todo o Brasil. Estamos aqui para prestar solidariedade às famílias enlutadas, acompanhar de perto as ações de resgate e garantir todo o suporte necessário neste momento tão difícil”, afirmou o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Segundo ele, a partir do fim dessa semana será possível viabilizar a travessia entre os estados do Tocantins e do Maranhão por meio de balsas.

A equipe de buscas conta com 29 mergulhadores, seis deles da Marinha. Segundo os militares, a operação é dificultada pela existência de escombros submersos que podem se deslocar, a área ser muito profunda, possibilidade de enrosco em qualquer objeto, além do risco de ter itens cortantes embaixo d’água. A equipe ainda tem que tomar cuidado com a possível contaminação da água. Três caminhões que caíram no rio carregavam 76 toneladas de ácido e 22 mil litros de defensivos agrícolas, de acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Na quarta (25), a agência disse em um informativo que até o momento não foram detectadas alterações na qualidade da água.

Em entrevista na terça-feira (24), Viviane Brandão, superintendente da ANA (Agência Nacional de Águas), comenta que, “caso haja vazamento da carga, é discreto”. O monitoramento da água, feito com uma sonda multiparamétrica, não encontrou alterações no pH ou na temperatura. “O ácido é muito forte e teria que ter elevado pelo menos um dos parâmetros”, afirma. Quanto aos defensivos agrícolas, Ana aponta que os produtos são de baixa toxicidade para o consumo humano e “se tivesse entrado em contato com a água, seria diluído em 5 minutos”. Ela também alerta que, embora “não haja riscos à saúde , é importante manter o acompanhamento”.


As autoridades ainda não têm respostas sobre o motivo que levou a ponte a desabar. As investigações continuam em paralelo com as buscas pelas vítimas desaparecidas. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) instaurou sindicâncias para apurar as responsabilidades do acidente.

Na última segunda-feira (23), o ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou decreto da situação de emergência para adiantar todos os procedimentos administrativos em relação ao desabamento da ponte. A ideia é reconstruir a passagem com conclusão em 2025, pelo valor de até R$ 150 milhões.


“Nós decretamos emergência para abreviar todos os procedimentos administrativos, a fim de termos a resposta mais rápida possível para a reconstrução da ponte. E dizer que nós determinamos a abertura de uma sindicância para apurar a causa e responsabilização acerca do desabamento da ponte JK. Dito isso, queria comunicar ao povo do Maranhão e do Tocantins, que precisa dessa infraestrutura para se deslocar, tanto do ponto de vista econômico quanto do social, que nós vamos, com a emergência decretada, contratar a reconstrução da ponte ainda no exercício de 2024″, disse Filho em visita à região.

“É um compromisso de entregar essa ponte reconstruída no ano de 2025. E fazer dessa ponte um grande caso de organização e da capacidade resolutiva do Ministério dos Transportes. É uma ponte muito importante para a logística nacional. Serão investidos entre R$ 100 e R$ 150 milhões para a reconstrução. E esse intervalo [de recursos] é porque vamos avaliar o que está submerso, a retirada [de carros e demais objetos], os custos adicionais de outros serviços”, completou o ministro.




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