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Caminhoneiros fecham parcialmente rodovia na Bahia em protesto contra preço do diesel

Manifestação aconteceu na BR-116, na altura de Feira de Santana. Caminhoneiros reclamam de preço de refinaria privatizada

Cidades|Filipe Costa, da Record TV Itapoan

Protesto de caminhoneiros na Bahia
Protesto de caminhoneiros na Bahia

Centenas de caminhões fecharam parcialmente trecho da BR-116 na cidade de Feira de Santana, a maior do interior da Bahia, na tarde desta sexta-feira (11). Eles protestam contra o preço do óleo diesel, afirmando que estão pagando cerca de R$ 7,30 o litro, o que seria um dos maiores valores do país, segundo o grupo.

Os caminhoneiros apontam preços abusivos de empresa que comprou refinaria na Bahia há quatro meses. Na quinta-feira, a Petrobras anunciou reajuste nos valores da gasolina e do diesel. 

A manifestação aconteceu dos dois lados da rodovia, e a fila chegou a 10 km, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Só uma faixa ficou liberada para os carros pequenos em cada sentido. Caminhoneiros que tentaram passar foram hostilizados. 

No início da noite, os caminhoneiros entraram em acordo com a Polícia Rodoviária Federal e liberaram a rodovia.


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Os motoristas que participaram do protesto são de várias partes do Brasil. Eles dizem que não estão ligados a sindicatos e que grande parte só ficou sabendo da manifestação na hora e decidiu parar mesmo assim, alegando não ter como pagar para abastecer com os preços cobrados pelo óleo diesel na Bahia. "Em vez de você ganhar, você paga pra trabalhar. Tira o diesel, tira o pedágio, não sobra nada”, disse Lucas Assis, caminhoneiro de São Paulo.

Os motoristas e o sindicato dos donos de postos de combustíveis da Bahia queixam-se de que os valores dos combustíveis estão mais altos do que em outros estados desde que uma refinaria na região metropolitana de Salvador foi privatizada pela Petrobras, há quase quatro meses. A empresa diz que segue o mercado internacional e que a guerra na Ucrânia fez o preço do barril do petróleo disparar.


A empresa Acelen informa que os preços dos produtos produzidos pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete.

O sindicato dos donos de postos de combustíveis entrou com uma ação no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), autarquia federal vinculada ao Ministério da Justiça, em que alega que a Acelen não vem praticando o congelamento do ICMS determinado pelo governo da Bahia.

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