Cariani nega envolvimento em inquérito da PF que investiga esquema de Buzeira
Influenciador afirma que os pagamentos citados em inquérito fazem parte de um contrato com uma casa de apostas
Cidades|Luiza Marinho*, do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O influenciador fitness Renato Cariani se manifestou após ser citado no inquérito da PF (Polícia Federal) que investiga o também influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, e o empresário Rodrigo Morgado, ambos presos na última terça-feira (14) durante a Operação Narco Bet.
Cariani afirmou que os valores mencionados nos documentos da investigação se referem a pagamentos feitos por um patrocínio com uma plataforma de apostas esportivas.
“Durante três meses e meio, fui patrocinado apenas por uma casa de apostas chamada Cassino Pix, para a qual realizava divulgação de apostas esportivas. Mesmo assim, desisti desse patrocínio por entender que não era saudável para meus seguidores”, declarou o influenciador.
Leia mais
Inquérito
O nome de Cariani aparece em supostas movimentações financeiras investigadas pela PF em setembro do ano passado, período em que o influenciador estava em viagem pela Europa.
Mensagens trocadas entre Rodrigo Morgado e André Viana indicariam uma tentativa de envio de recursos ao exterior em benefício de Cariani, sem o conhecimento das autoridades fiscais.
No entanto, o influenciador nega qualquer tipo de irregularidade. “André Viana se apresentou como sócio, e os valores em questão são os pagamentos realizados na época pelo patrocínio, todos com nota fiscal emitida, tributos recolhidos e declaração fiscal. Todos os comprovantes necessários estão na minha contabilidade”, continuou.
Parte das transferências teria sido destinada à empresa Cariani Master Class, em operações registradas após 26 de setembro de 2024.
Operação Narco Bet
A Operação Narco Bet foi deflagrada pela PF para acabar com um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas.
A ação faz parte da Operação Narco Vela, que investigou o envio de grandes cargas de cocaína para a Europa a partir do litoral brasileiro.
Segundo a investigação, o grupo criminoso utilizava criptomoedas, remessas internacionais e empresas de fachada para disfarçar a origem dos recursos ilícitos. Parte do dinheiro teria sido canalizada para empresas de apostas eletrônicas, conhecidas como Bets, para dar uma aparência de legalidade aos valores vindos do tráfico.
A investigação ainda afirma que Buzeira recebeu cerca de R$ 19 milhões por meio desse esquema ilícito.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com agravante por atuação transnacional. A PF ainda não divulgou oficialmente os nomes das casas de apostas sob investigação.
*Sob supervisão de Thays Martins
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
