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Caso Miguel: Sari Real será julgada nesta quinta (3)

Ré por abandono de incapaz, ex-primeira dama de Tamandaré será interrogada em sessão às 9h. Pena vai de quatro a 12 anos de prisão

Cidades|Gabriel Croquer*, do R7

Sari Real deixou Miguel sozinho em elevador, pouco depois da tragédia
Sari Real deixou Miguel sozinho em elevador, pouco depois da tragédia Sari Real deixou Miguel sozinho em elevador, pouco depois da tragédia

Mais de seis meses depois da morte de Miguel Otávio Santana Silva, de cinco anos, a ex-primeira-dama de Tamandaré (PE), Sari Corte Real começará a ser julgada nesta quinta-feira (3), como ré no processo judicial que apura os culpados pela queda da criança de uma altura de nove andares.

Leia mais: Morte de Miguel: após protestos, patroa pede perdão em carta

A primeira audiência de instrução e julgamento do processo será comandada pelo juízo da 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente de Recife. A sessão, marcada para as 9h, terá como foco o interrogatório da acusada e a escuta das testemunhas indicadas pelo MP-PE (Ministério Público de Pernambuco) e a defesa da acusada.

Indiciada pela Polícia Civil de Pernambuco, Sari foi denunciada pelo MP por abandono de incapaz com as agravantes de cometimento de crime contra criança e em ocasião de calamidade pública.

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Depois da sessão, o MP-PE e a defesa deverão apresentar as alegações finais, para o juízo decidir pela condenação ou pela absolvição Sari Corte Real. 

O caso

Pouco depois da tragédia, imagens do elevador do prédio mostraram Sari Real junto de Miguel no elevador do prédio. O menino quis acompanhar a mãe que, a pedido da patroa, estava passeando com o cachorro da família.

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Depois de convencer Miguel a sair do elevador quatro vezes, a primeira-dama desiste de acompanhar o garoto. Ela então parece apertar o botão do elevador, deixando que a porta se fechasse com o garoto, sozinho, dentro. De acordo com as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, Sari então voltou ao apartamento, para continuar seu tratamento com uma manicure.

Ao chegar ao nono andar, Guilherme abriu a porta corta-fogo do andar e seguiu pelo corredor. Ele pulou o peitoril da janela, colocou os dois pés na caixa de compressores e, já na área técnica, subiu na grade, momento em que uma peça se soltou e o menino caiu.

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Sari chegou a ser presa preventivamente um dia depois da morte, mas pagou fiança de R$20 mil, para responder ao processo em liberdade. A investigação prosseguiu, sendo finalizada no dia 1º de julho, quando a polícia optou por indiciar a ex-primeira dama por abandono de incapaz. O crime, previsto no artigo 133 do Decreto Lei nº 2.848, prevê de 4 a 12 anos de prisão. 

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Além disso, o casal é alvo de ação trabalhista, ajuizada em 15 de julho, que já bloqueou R$ 2 milhões em imóveis, ativos financeiros, participações em sociedades, títulos da dívida pública e demais títulos negociáveis em bolsas de valores da dupla.

Os procuradores do MPT (Ministério Público do Trabalho) alegaram violações trabalhistas ligadas ao serviço prestado pela mãe e pela avó de Miguel, Mirtes e Marte Souza, na residência do casal. Entre as irregularidades, estaria a ausência do contrato de trabalho doméstico.

A relação de trabalho entre Mirtes e o casal também foi investigada porque, na época da tragédia, a doméstica estava registrada como servidora da prefeitura de Tamandaré, com uma remuneração de um salário minímo.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Clarice Sá

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