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Ceará registrou mais de um ataque por hora desde início da crise

Ministério da Segurança Pública afirma que número de ataques caiu com chegada da Força Nacional. Estado contabiliza 148 suspeitos presos

Cidades|Márcio Neves, do R7 com Estadão Conteúdo

330 homens da Força Nacional auxiliam a PM no estado do Ceará desde sábado (5)
330 homens da Força Nacional auxiliam a PM no estado do Ceará desde sábado (5)

O número de ataques em Fortaleza e demais cidades do Ceará desde a última quarta-feira (2) chegou a 148, segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nesta segunda o Ceará completou o sexto dia consecutivo de ataques, e o balanço mostra que ocorreram, em média, mais de um ataque por hora no estado. Entretanto, a pasta destaca que houve uma redução desde o início da atuação da Força Nacional.

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Os 330 homens e 20 viaturas da Força Nacional começaram a atuar em apoio às forças de segurança estaduais às 19h do sábado (5). Ao longo daquele dia, foram registrados 38 ataques. No domingo, o número caiu para 23, e nesta segunda, para quatro.

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Além da Força Nacional, quatro estados brasileiros também estão enviando agentes para o território cearense. São 143 policiais militares e agentes de inteligência da Bahia, Piauí, Pernambuco e Santa Catarina.

Este reforço está realizando ações de patrulhamento ostensivo, preventivo e repressivo em pontos como terminais rodoviários e vias de grande circulação. Para os homens da Força Nacional, a previsão é que eles permaneçam no estado por até 30 dias, prazo que poderá ser prorrogado. O planejamento das operações é feito pela Polícia Militar do Estado do Ceará.


Em outras frentes, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional têm atuado nas investigações sobre os crimes cometidos dentro e fora das prisões.

Pilastra de viaduto chegou a ser explodida nos ataques
Pilastra de viaduto chegou a ser explodida nos ataques

Ataques


Desde o anúncio do secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, em tornar mais rígido o controle de entrada de itens nos presídios e acabar com a divisão de facções, o estado do Ceará passou a enfrentar uma série de ataques em diversas cidades do estado.

Na capital, na região metropolitana e no interior do Estado, os atentados alvejaram desde carros, ônibus e prédios públicos a uma torre de telecomunicações da polícia. Desde quarta-feira (2), 148 suspeitos foram presos e dois morreram em confronto com policiais.

Entre as 8h e as 18h desta segunda-feira (7) foram registradas quatro ocorrências, todas sem registro de feridos. No domingo (6), foi destruída a base de uma operadora de telefonia móvel na cidade de Limoeiro do Norte, no interior do Estado, deixando 11 cidades sem o serviço de telefonia.

A Polícia Militar do Ceará montou uma operação com homens no interior de ônibus que circulam na Grande Fortaleza para coibir ataques aso véiculos. Nesta segunda, 200 linhas de ônibus circularam com a presença ostensiva de policiais militares ou escoltados com equipes em motocicletas. O reforço na operação corresponde ao incremento diário de 800 policiais militares.

Os ataques, de maneira geral, estão sendo investigados como organizados por facções criminosas que atuam no Ceará.

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