Classes sociais mais altas têm maior propensão para consumo de produtos falsos, diz professor
Estudo da universidade revelou que 25% das pessoas estão dispostas a comprar mercadorias falsificadas
Cidades|Do R7
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Uma pesquisa inédita da USP (Universidade de São Paulo) sobre o consumo de produtos ilegais no Brasil revelou que 25% das pessoas estão dispostas a comprar mercadorias falsificadas ou contrabandeadas por um preço mais barato.
Segundo o coordenador do levantamento, professor Leandro Piquet Carneiro, um dos dados que mais surpreendeu é que as classes sociais mais altas são as que mais consomem esses itens — o que inclui vestuário, combustível adulterado, bebidas e cigarros eletrônicos proibidos.
“Não é a falta de recursos, não é a baixa renda que explica muitas vezes a opção por consumir um produto mais barato e falsificado, mas parece uma atitude consciente justamente daqueles consumidores que mais sabem sobre os produtos, que mais se informam”, afirma, em entrevista ao Jornal da Record News desta quinta-feira (23).

Carneiro diz que o comportamento revela uma contradição sobre a população brasileira, que declara repúdio à corrupção e criminalidade em pesquisas públicas, mas contribui com o crime organizado. “Se há demanda, haverá sempre uma organização criminosa, haverá sempre alguém disposto a correr o risco de prover essa demanda”, pontua.
O professor ressalta ainda que esse mercado paralelo em diversas áreas impacta diretamente a economia do país, tanto em perdas significativas para empresas formais como para arrecadação estatal.
“Para você ter uma ideia, o mercado de cigarros eletrônicos no país movimenta algo como R$ 7 bilhões, ou seja, hoje, mesmo proibido, com todas as restrições, com toda a repressão que a Receita, a Polícia Federal e outros órgãos exercem no comércio desse tipo de produto, esse mercado movimenta R$ 7 bilhões por ano”, exemplifica.
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