Com medo de Lázaro, grávida dorme em carro perto de polícia
Moradora da zona rural de Cocalzinho, Jorlene Costa diz fazer parte de associação formada para se proteger de Lázaro Barbosa
Cidades|Do R7, com Record TV*
Com medo de ser abordada pelo "serial killer" do Distrito Federal, Lázaro Barbosa, de 32 anos, a moradora da região rural de Cocalzinho, no interior de Goiás, Jorlene Costa dorme há dois dias dentro de um veículo estacionado em frente a uma base da força-tarefa da polícia, montada para localizar o homem acusado de assassinar uma família de seis pessoas em Ceilândia, no Distrito Federal. Jorlene está grávida e acompanhada dos filhos.
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A polícia entra, neste domingo (20), no 12º dia de buscas por Lázaro com policiais militares, civis e federais em regiões do cerrado de Goiás e do Distrito Federal. Além dos 270 agentes públicos, o cerco a Lázaro inclui o uso de um drone da PF (Polícia Federal) com uma câmera termal, capaz de detectar diferenças de temperatura, cães farejadores especialmente treinados, além de blitze nos veículos que circulam pela região e até policiais especialmente treinados em ambiente de caatinga e cerrado.
"Há dois meses estamos em pânico na minha região. Tem testemunha, tem boletim de ocorrência e a gente vive em pânico", disse Jorlene à Record TV. "Uns 20 dias antes de ele fazer a primeira família vítima em Ceilândia, ele matou duas pessoas na minha região."
A mulher diz que faz parte de uma associação de moradores da região de Cocalzinho que defende que caçadores devem se juntar às equipes de polícia para encontrar o serial killer. "Queria que os caçadores da minha comunidade entrassem junto com a polícia, mas minha voz não foi ouvida. O meu marido conhece a fazenda, cada vizinho conhece sua a fazenda e entrariam junto com a polícia e cercaria. Acredito que em 3h ou 4h eles pegariam (Lázaro) com toda certeza."
A associação, segundo ela, compartilha informações sobre como se proteger de Lázaro Barbosa e manter vigília para evitar ataques. "A gente tem um grupo caso ele apareça. Muitos não tem sinal, na minha casa só tem um lugarzinho que pega e mal", diz. "Começamos a nos vigiar por medo e por ele estar matando. Ninguém está (disposto) a dar sua vida de graça. Primeiro ele matou um vizinho. Não tenho a minha vida e dos meus filhos para dar de graça."
Jorlene afirma que passar noites no veículos foi a forma que encontrou de proteger sua família, especilamente seus filhos, de eventuais ataques do home. "Estou aqui para proteger meus filhos porque uma mãe mata e morre pelos filhos. Tô grávida e estou aqui pelos meus filhos. Vamos voltar aqui quantas vezes forem necessárias. Tenho lutado com isso.
* Com a colaboração de Gabriella Justo, da Record TV