A praia do Pinho fica em Balneário Camboriú, a 80 km de Florianópolis (SC). A faixa de areia tem pouco mais de 500 metros. A praia entrou para a história no início dos anos 80, quando os frequentadores começaram a tirar a roupa.
Ali todo mundo fica nu. É primeira praia naturista do Brasil, criada por um decreto municipal, segundo Luiz Carlos Hack, presidente da Associação dos Amigos da Praia do Pinho.
— É uma praia deserta, protegida por dois costões de pedra, e começaram a praticar naturismo. Eram pessoas de descendência europeia e que lá na Europa já praticavam nudismo.
Os pioneiros enfrentaram grande resistência. Os grupos mais conservadores da sociedade local condenavam o nudismo na praia do Pinho. Alguns frequentadores chegaram a ser detidos pela polícia, acusados de atentado violento ao pudor. Mas, com o passar do tempo, os naturistas acabaram tomando conta da praia.
Na Associação dos amigos da praia do Pinho, os naturistas construíram diversas cabanas, uma pousada e até uma área de lazer, com sauna e piscina. Em todo o Brasil, são 36 lugares como este.
De acordo com a publicação Brasil Naturista, são oito praias onde a prática do nudismo é permitida por lei: Galheta , Pedras Altas e Praia do Pinho, em Santa Catarina; Abricó e Olho de Boi, no Rio de Janeiro; Barra Seca, no Espírito Santo; Massarandupió, na Bahia e Tambaba, na Paraíba. Em São Paulo, o naturismo é tolerado na Praia Brava, no município de São Sebastião, mas ainda não foi regulamentado.
A prefeitura explica que a praia Brava faz parte de um parque e por isso tem uma legislação própria, segundo explica Mariani Bueno, secretária de Cultura e Turismo de São Sebastião.
— Caso o Parque Estadual da Serra do Mar aprove, o próximo passo do município serão as audiências públicas. Nós temos que discutir com a população as vantagens de nós termos em São Sebastião uma praia de naturismo.
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