COP30: Brasil pode dar exemplo de um setor rural sustentável, afirma professor
País recebe evento mundial para discussão de medidas com foco no combate às mudanças climáticas
Cidades|Do R7
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Mais de 50 mil participantes de 194 países se reúnem até 21 de novembro na COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), em Belém do Pará. Após a cúpula dos líderes, realizada na última semana, foi divulgada a carta final com os compromissos para o evento, destacando a necessidade de que este seja o início de um novo ciclo de ação.
No discurso de abertura nesta segunda-feira (10), tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o presidente da COP, André Corrêa do Lago, defenderam o engajamento dos países nos compromissos de transição energética e financiamento para fundos ambientais.

Em entrevista ao Record News Rural desta terça-feira (11), Daniel Vargas, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e pesquisador sobre clima e transição verde, aponta que o país acertou em seu posicionamento de definir um alvo, focando as principais fontes de emissões que causam os problemas do clima: a queima de combustíveis fósseis.
Ainda segundo Vargas, os primeiros três dias do evento são fundamentais, já que é neste período que a presidência da COP direciona os temas prioritários e o rumo das discussões para negociação.
“É claro que o Brasil, nessa posição de chefia ou de condução dos trabalhos, tem uma prerrogativa ímpar. [...] Isso tem um privilégio de a gente poder olhar para aqueles assuntos que são mais destacados, segundo a visão brasileira, mas tem também uma dimensão de ambição”, destaca o pesquisador.
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Sobre a presença do agro na conferência, o professor destaca a importância e o ineditismo do espaço aberto para o setor, de modo a explorar inovações implementadas no campo. Para ele, a iniciativa da presidência da COP ao dedicar uma área para o agronegócio pode ser inspiração para o resto do mundo, como um exemplo a ser seguido de parceria da produção com técnicas sustentáveis.
“Não é discurso, são exemplos em cada uma das cadeias, em todas as áreas da produção brasileira, nas diversas áreas e ecossistemas do país. Está aqui para mostrar ao mundo como fazer, um exemplo fantástico. Adoraria que esse exemplo brasileiro fosse incorporado em outras COPs em outras nações, porque é uma maneira concreta de mostrar não só o que se quer fazer com sustentabilidade, mas como se faz”, diz Vargas.
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