COP30: ‘Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia’, diz Lula
Presidente discursou durante abertura do evento realizado em Belém (PA) nesta segunda (10)
Cidades|Do R7
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Durante seu discurso na abertura da COP30 em Belém, no Pará, nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o empenho dos países nos acordos climáticos firmados nos últimos anos. Ao relembrar o Acordo de Paris e sua importância, o presidente afirmou que o mundo sofreria um “aquecimento catastrófico de quase 5 °C até o final do século” sem a proposta.
Ainda em sua fala, Lula apontou que, apesar dos esforços, o ritmo das ações dos países é lento, sendo necessária celeridade em temas como a transição energética. O presidente destacou as três frentes levantadas pelo país para a agenda da COP, criticou as desigualdades sociais e falou sobre os grupos que mais sofrem com os eventos climáticos.
“Uma transição justa precisa contribuir para reduzir as assimetrias entre o Norte e o Sul global forjada sobre séculos de ambições. A emergência climática é uma crise de desigualdade, ela expõe e exacerba o que já é inaceitável. Ela aprofunda a lógica perversa que define quem é digno de viver e quem é digno de morrer. Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia”, completou.
COP30 no Brasil

A partir desta segunda-feira (10), os olhos do mundo estarão em Belém, no Pará, para a realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima). Com a presença confirmada de 143 delegações no evento e expectativa de 55 mil participantes, a conferência visa a buscar novos rumos para o enfrentamento das mudanças no clima do mundo e colocar em prática projetos discutidos nos encontros anteriores.
Com a floresta amazônica de fundo, o evento traz as lideranças mundiais para um debate sobre transição energética e utilização de combustíveis fósseis, além das metas para evitar que o planeta ultrapasse o limite de 1,5 °C de aquecimento nos próximos anos. Outro ponto que deve entrar no debate das delegações é a responsabilização dos entes poluentes, além de meios de ajuda aos países em desenvolvimento, que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.
Apesar de um evento de escala global, a edição deste ano não vai contar com a presença de alguns chefes de Estado, como o americano Donald Trump e seu par argentino, Javier Milei. A ausência dos líderes pode ser vista com preocupação, uma vez que ambos os presidentes vêm tecendo críticas acerca dos papéis de cada país no financiamento de projetos para a mitigação dos avanços das alterações no clima.
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