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Violência dispara migração forçada na América Central

Órgão da ONU pediu ajuda à comunidade internacional devido a problema em Guatemala, El Salvador e Honduras

Correio do Povo

Correio do Povo|Do R7

Violência afeta milhares em Honduras, Guatemala e El Salvador, alerta ONU Crédito: Orlando Sierra / AFP / CP
Violência afeta milhares em Honduras, Guatemala e El Salvador, alerta ONU Crédito: Orlando Sierra / AFP / CP

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) se mostrou, nesta terça-feira, alarmado pelo forte aumento do deslocamento forçado de pessoas do norte da América Central por conta da violência em seus países. Está sendo observado "um considerável aumento do número de pessoas que fogem da violência e da perseguição no Norte da América Central", anunciou o órgão. De acordo com um comunicado, no final de 2017, em todo o mundo, foram registrados mais de 294 mil solicitantes de asilo e refugiados procedentes do norte da América Central, 58% a mais que no ano anterior. "As pessoas estão fugindo por vários motivos, incluindo econômicos, mas também pela violência e perseguição, sobretudo por gangues e facções criminosas", disse à agência de notícias AFP Francesca Fontanini, responsável de Comunicação do Acnur para a América Latina. No Triângulo Norte da América Central (Guatemala, El Salvador e Honduras) as gangues MS-13 e Barrio 18 espalham o pânico nas comunidades pobres das principais cidades, onde traficam drogas, assaltam, assassinam e extorquem. Com cerca de 16 mil homicídios em 2016, o Triângulo Norte se mantém como uma das regiões sem guerra mais violentas do mundo, apesar dos planos de segurança, que incluem os Exércitos. A média dos três países é de 50,6 homicídios para cada 100.000 habitantes, oito vezes a média mundial, de 6,7 para cada 100.000, estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por esse motivo, a agência da ONU fez um chamado à comunidade internacional para dar proteção e ajuda aos países do Norte da América Central para abordar as causas da situação, e pediu que melhorem os sistemas de refúgio e os programas de assistência humanitária.

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