Logo R7.com
RecordPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Correios vetam benefício de fim de ano no valor de R$ 2.500 a funcionários

Empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bi, de janeiro a setembro deste ano; estatal aguarda avaliação do Tesouro sobre plano de recuperação

Cidades|Do Estadão Conteúdo

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Correios não renovarão o vale-natal de R$ 2.500 aos funcionários devido à crise financeira.
  • A empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre um empréstimo de R$ 20 bilhões.
  • Ministro da Fazenda afirmou que qualquer ajuda do Tesouro seguiria regras fiscais.
  • Correios enfrentam prejuízo de R$ 6,05 bilhões e buscam regularizar dívidas e melhorar receitas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Benefício de vale-natal faz parte de acordo firmado entre empresa e trabalhadores em 2024 Joédson Alves/Agência Brasil - 24.01.22

Em grave crise financeira, os Correios decidiram não renovar neste ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após ACT (Acordo Coletivo de Trabalho).

A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira (3). Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.


Leia mais

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda nesta semana, mas a análise deve ficar para a semana que vem.


Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). A proposta dos bancos, segundo apurou a reportagem, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.


Nesta quinta-feira (4), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.


Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores. Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.