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Covid: ocupação de UTIs do SUS passa de 80% em 8 estados e no DF

Pesquisadores consideram que a ocupação dos leitos de UTI a partir dessa taxa configura zona de alerta crítico

Cidades|Da Agência Brasil

Dados são de nota do Observatório Covid-19, da Fiocruz
Dados são de nota do Observatório Covid-19, da Fiocruz Dados são de nota do Observatório Covid-19, da Fiocruz

A ocupação de leitos de terapia intensiva do SUS (Sistema Único de Saúde) para adultos com Covid-19 superou 80% em 9 unidades da federação e 13 capitais, alertou nesta quinta-feira (3) uma nota técnica do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os pesquisadores consideram que a ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) configura zona de alerta crítico e afirmam que essa situação era registrada, no dia 31 de janeiro deste ano, no Piauí (87%), Rio Grande do Norte (86%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (83%), Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (91%), Distrito Federal (97%), Amazonas (80%) e Mato Grosso (91%).

Entre as capitais, as 13 que estão na zona de alerta crítico são: Manaus (80%), Macapá (82%), Teresina (83%), Fortaleza (80%), Natal (estimados 89%), Maceió (81%), Belo Horizonte (86%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (95%), Campo Grande (109%), Cuiabá (92%), Goiânia (91%) e Brasília (97%).

A nota técnica destaca, ainda, que os aumentos no percentual de ocupação em alguns estados ocorrem ao mesmo tempo que a abertura de leitos. Pernambuco, por exemplo, ampliou a oferta de vagas de UTI de 991 para 1.106, entre 24 e 31 de janeiro, e viu a taxa de ocupação aumentar de 81% para 88%.

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Os pesquisadores ressaltam que, apesar disso, o cenário não é o mesmo do momento mais crítico da pandemia, entre março e junho de 2021, quando a maior parte do país estava na zona de alerta crítico e o número de leitos para Covid-19 era maior.

Preocupação

"Ainda assim, o crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/Covid-19 para adultos no SUS é preocupante, principalmente diante das baixas coberturas vacinais em diversas áreas do país, onde também são mais precários os recursos assistenciais, especialmente os de alta complexidade", afirma a nota técnica. Ela explica que, mesmo com uma proporção menor de casos graves, a variante Ômicron pode produzir um número expressivo de internações, devido à sua grande transmissibilidade. 

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A Fiocruz reforça que pessoas que já receberam a dose de reforço são pouco suscetíveis a internação mas podem ter sua vulnerabilidade aumentada por comorbidades graves ou idade avançada.

Além disso, a fundação afirma que ainda há uma proporção considerável da população que não recebeu a dose de reforço, que é suscetível a formas mais graves de infecção com a Ômicron, e, principalmente, que há uma parte da população não vacinada e, portanto, muito mais suscetível.

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"Insistimos que é fundamental empreender esforços para avançar na vacinação, incluindo-se a exigência do passaporte vacinal. É também fundamental controlar a disseminação da Covid-19, com maior rigor na obrigatoriedade de uso de máscara em locais públicos e campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento quando da apresentação de sintomas, de modo a evitar a transmissão intradomiciliar", acrescenta.

Para os pesquisadores do Observatório Covid-19, o comportamento das taxas de ocupação em estados e capitais indica a interiorização da variante Ômicron. Algumas capitais já apresentam mais estabilidade ou mesmo queda nas suas taxas, enquanto as taxas dos estados crescem expressivamente.

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