Deputado da Bahia, suposto líder de milícia, está foragido após operação contra grupo criminoso
Segundo as investigações, o grupo estava envolvido com jogo do bicho e comércio ilegal de armas
Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
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A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 9 milhões em bens dos investigados e a suspensão das atividades de uma empresa usada para lavagem de dinheiro, no âmbito de uma operação deflagrada nesta quarta-feira (1º) contra uma organização miliciana que seria liderada pelo deputado estadual da Bahia Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como “Binho Galinha” (PRD).
As informações são do MPBA (Ministério Público da Bahia), que também confirmou a expedição de mandado de prisão preventiva contra o parlamentar, que não foi localizado até o momento.
O R7 tenta contato com a defesa do deputado, e o espaço permanece aberto.
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Operação e mandados
Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão, em Feira de Santana (BA) e em Salvador (BA).
As ações foram autorizadas pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana.

Segundo as investigações, o grupo tem estrutura complexa e atua em crimes como lavagem de dinheiro, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas e associação para o tráfico.
“Mesmo sob medidas cautelares, o parlamentar manteve a liderança do grupo, utilizando empresas de fachada e ‘laranjas’ para movimentar recursos”, afirmou o MPBA em nota.
Histórico da investigação
A operação é um desdobramento da ‘Operação El Patrón’, deflagrada em dezembro de 2023, que já resultou em denúncias contra 15 pessoas, incluindo o deputado e familiares.

Segundo investigações do MPBA, Binho Galinha seria o líder da organização criminosa, suspeita de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. As investigações revelam que o grupo movimentou mais de R$ 100 milhões na última década.
Lavagem de dinheiro
Segundo o MPBA, os denunciados ocultaram a origem ilícita de um lote no bairro Papagaio, em Feira de Santana. O imóvel teria sido adquirido com recursos do grupo criminoso, com pagamento em espécie e sem documentação que comprovasse a transação, caracterizando possível esquema de lavagem de dinheiro.
“O tenente-coronel se prontificou a efetuar o pagamento em espécie, fora do sistema bancário, mecanismo que impede rastreio e comprovação do valor e da destinação dos recursos”, destacaram os promotores.
Participantes da operação
A ação desta quarta-feira conta com a participação da Polícia Federal, da Força Correcional Integrada, da Corregedoria da Polícia Militar e da Receita Federal.

“As investigações apontam para a prática reiterada de múltiplas infrações penais graves, com foco na ocultação de dissimulação de bens e valores. Participam da operação 100 Policiais, 11 Auditores-Fiscais e três Analistas Tributários da Receita Federal”, afirmou a PF.
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