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Desmatamento no Cerrado cai 29% no primeiro semestre de 2024, aponta pesquisa

A perda de vegetação tende a se intensificar no segundo semestre, durante o período de seca, que vai até meados de outubro

Cidades|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília


Desmatamento no Cerrado cai 29% no primeiro semestre de 2024, aponta pesquisa
Desmatamento no Cerrado cai 29% Joédson Alves/Agência Brasil - Arquivo

O desmatamento no Cerrado diminuiu 29% no primeiro semestre de 2024, de acordo com dados do SAD (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), desenvolvido pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). No entanto, os pesquisadores do Ipam alertam que a perda de vegetação tende a acelerar no segundo semestre, durante o período de seca, que se estende até meados de outubro.

Nos primeiros seis meses do ano, a área desmatada no bioma foi de 3.470 km², equivalente a mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Um dos destaques é o estado da Bahia, que normalmente contribui significativamente para o desmatamento. No período, a Bahia registrou uma redução de 53%.

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Os estados do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ainda representam a maior parte (77%) do desmatamento no Cerrado. Goiás apresentou a maior redução proporcional, com uma queda de 59% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados oficiais de desmatamento são fornecidos pelo sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O período analisado vai de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Os dados de 2024 ainda serão divulgados.


Os cinco municípios com maior área desmatada em km² são: Balsas (MA) com 107,8 km², Ponte Alta do Tocantins (TO) com 94,2 km², Alto Parnaíba (MA) com 64,5 km², São Desidério (BA) com 63 km² e Uruçui (PI) com 62,9 km².

Amazônia

Na Amazônia, o desmatamento no primeiro semestre, monitorado pelo SAD do Imazon, foi de 1.220 km², uma redução de 36%. Esse é o menor índice desde 2017. Contudo, assim como no Cerrado, os próximos meses são motivo de preocupação.


“O período mais seco do calendário do desmatamento ocorre entre os meses de maio a outubro. Historicamente, os valores são mais altos durante esses meses porque o clima propicia a prática do desmatamento”, explica a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

Os primeiros sinais são preocupantes. Julho registrou um aumento no desmatamento na Amazônia após 14 meses de queda, indicando um incremento de 10%. Em julho do ano passado, foram desmatados 361 km², enquanto este ano já são 398 km².

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