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Dois meses antes de massacre, ONU enviou ao Brasil relatório secreto sobre prisões do AM e mais três Estados

Relatório refere-se a inspeção feita por peritos do Subcomitê para a Prevenção da Tortura

Cidades|Peu Araújo e Alvaro Magalhães, do R7, e agências

Rebelião em Manaus deixou 56 mortos
Rebelião em Manaus deixou 56 mortos

Menos de dois meses antes do massacre que deixou 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, a ONU (Organização das Nações Unidas) enviou ao Brasil um relatório sigiloso destacando os problemas e propondo ações para cárceres do Amazonas e de outras três Unidades da Federação.

O documento é referente a uma inspeção feita técnicos do Subcomitê para a Prevenção da Tortura das Nações Unidas ocorrida em outubro de 2015 no Amazonas, Distrito Federal, Pernambuco e Rio de Janeiro.

Entre os lugares visitados pelos peritos das Nações Unidas estavam delegacias de polícia, prisões, centros de detenção provisória, instalações para juvenis, hospitais penitenciários e instituições forenses. O Compaj, onde ocorreram as mortes, foi um dos locais inspecionados.

De acordo com a ONU, na época da inspeção os técnicos do subcomitê apresentaram oralmente os resultados a representantes do governo federal. Em 24 de novembro, a ONU enviou oficialmente o relatório confidencial às autoridades brasileiras.


O órgão internacional incentiva os países a tornaram público o documento, mas até o momento isso não foi feito.

PGR abre investigação


Nesta quinta-feira (5), o procurador-geral da República em exercício, Nicolao Dino, instaurou quatro procedimentos administrativos para investigar o sistema penitenciário de dois Estados fiscalizados pela ONU — Amazonas e Pernambuco —, além de Rio Grande do Sul e Rondônia.

De acordo com as portarias de instauração dos quatro procedimentos, os problemas no sistema carcerário desses estados apontam para o descumprimento de normas constitucionais e infraconstitucionais, além de diversos instrumentos internacionais aos quais o Brasil aderiu, a exemplo da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), promulgada pelo Decreto 687/1992.


Já está em curso na Procuradoria-Geral da República um procedimento que analisa a situação do sistema carcerário do Maranhão, em decorrência de mortes e superlotação no Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas, em São Luís.

Atualmente, o Estado brasileiro responde ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos sobre a ocorrência de violações no âmbito das unidades prisionais do Rio Grande do Sul (Presídio Central de Porto Alegre), Rondônia (Urso Branco), Pernambuco (Aníbal Bruno) e Maranhão (Pedrinhas), além de São Paulo (Parque São Lucas).

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