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Estudo diz que 80% das pessoas acreditam que mudanças climáticas afetam igualmente todas as pessoas

Indicador cresceu nove pontos percentuais em relação a levantamento feito em 2023

Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Enchentes assolaram cidades do Rio Grande do Sul Gustavo Mansur/ Palácio Piratini - 16.05.2024

O estudo “Pesquisa Nacional sobre Desigualdades 2024″, divulgado nesta terça-feira (27) pelo Instituto Cidades Sustentáveis, mostrou que o número de brasileiros que acreditam que as mudanças climáticas e os eventos extremos atingem igualmente todas as pessoas aumentou em relação a 2023. Hoje, 80% dizem pensar dessa forma, enquanto no ano passado eram 71% da população.

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Neste ano, o país lidou com intensas chuvas no Rio Grande do Sul, seca prolongada em estados do Nordeste e, nos últimos dias, com a poluição do ar em diferentes estados de todas as regiões em virtude de queimadas florestais.

O estudo mostrou que o indicador foi maior na região Nordeste (82%). As demais regiões tiveram indicadores semelhantes ao patamar nacional: Norte/Centro-Oeste (81%), Sul (80%) e Sudeste (79%). O crescimento mais expressivo em relação a 2023 foi no Sudeste (era de 66%, 13 pontos percentuais a menos).

Além disso, a pesquisa constatou 82% dos brasileiros que se autodeclaram pretos ou pardos concordam que as mudanças climáticas e eventos extremos afetam igualmente todas as pessoas, dado 12 pontos percentuais maior que o de 2023 (70%). Entre os brancos, 78% também acreditam nisso (8 pontos percentuais a mais que no ano passado, quando eram 70%).


Para fazer a pesquisa, o Instituto Cidades Sustentáveis fez 2.000 entrevistas presenciais e domiciliares em 129 municípios de todas as regiões do país. Os dados foram coletados entre os dias 4 e 8 de julho, e o levantamento tem um nível de confiança de 95%.

‘Bicos’

O estudo também revelou que aproximadamente 50 milhões de brasileiros com 16 anos ou mais realizaram alguma atividade extra para complementar a renda nos últimos 12 meses. Esse número corresponde a 31% da população nessa faixa etária.


Segundo o levantamento, o indicador permaneceu inalterado em relação à pesquisa divulgada em 2023. No ano anterior, o estudo tinha constatado que 45% dos brasileiros (76,2 milhões) precisaram fazer “bicos” para fechar as contas de casa.

De acordo com os dados publicados nesta terça, 37% das pessoas com renda familiar de até um salário mínimo (R$ 1.412) buscaram um serviço extra para completar a renda nos últimos 12 meses.


Renda maior

A pesquisa mostrou que 64% dos brasileiros declararam ter melhorado a condição de moradia e 56% que aumentaram a renda nos últimos cinco anos. No entanto, 42% afirmaram não ter aprimorado o grau de instrução nesse período.

Quanto à moradia, a melhoria foi mais observada entre moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (72%) e entre aqueles com renda familiar de mais de cinco salários mínimos (72%).

Lançamento

A pesquisa será lançada na tarde desta terça durante evento na Câmara dos Deputados.

A divulgação do estudo faz parte de uma série de ações que serão realizadas ao longo desta semana pelo Pacto Nacional de Combate às Desigualdades, uma rede que reúne organizações da sociedade civil, entidades de classe, associações de prefeitos, parlamentares e centrais sindicais.

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