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Falta de fiscalização conecta Boate Kiss a Brumadinho, diz associação

Tragédia em Santa Maria (RS) completa seis anos; presidente da AVTSM diz que fiscalização precisa ser constante para evitar novas tragédias

Cidades|Beatriz Sanz, do R7

Pessoas em Brumadinho não têm notícias de familiares
Pessoas em Brumadinho não têm notícias de familiares

Na madrugada de 27 de janeiro de 2013 as chamas consumiram a vida de 242 pessoas que estavam na Boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.

Quase seis anos depois, no dia 25 de janeiro, a barragem de Córrego do Feijão se rompeu em Brumadinho, Minas Gerais, deixando dezenas pessoas mortas e outras centenas de desaparecidas até o momento.

Para Sérgio da Silva, presidente da AVTSM (Associação dos Parentes das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria), as duas tragédias que comoveram o país estão relacionadas. "Infelizmente é o que se repetiu agora em Minas: a impunidade, a falta de fiscalização e a imoralidade", argumenta.

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Silva destaca que é apenas "questão de tempo" para que tragédias como essa voltem a acontecer sem vistorias constantes. "Não teria adiantado ter mais portas ou mais sinalização [na boate], se não havia fiscalização."


O incêndio faz seis anos neste domingo (27) sem que nenhum culpado tenha sido apontado pela Justiça. O processo continua a se arrastar pelos tribunais. Cerca de 636 pessoas se feriram na ocasião.

Vai e vem na Justiça


Elisandro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo Santos e Luciano Bonilha são acusados de homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco de matar). Os dois primeiros são sócios da boate enquanto os outros são membros da banda que tocava durante a festa.

Os acusados ainda não foram julgados porque no fim de 2017, o Tribunal de Justiça (TJ-RS) decidiu desconsiderar a acusação de dolo (intenção).


Até hoje não houve julgamento sobre o incêndio
Até hoje não houve julgamento sobre o incêndio

Assim, eles não seriam julgados por um Tribunal do Júri. Um juiz iria definir uma pena, caso eles fossem considerados culpados.

No entanto, tanto o Ministério Público do Rio Grande do Sul, quanto a defesa das vítimas estão recorrendo contra essa decisão para colocar os acusados no banco dos réus.

Construção do Memorial

O governo de Santa Maria já confirmou a intenção de construir um Memorial em homenagem às vítimas.

O projeto arquitetônico foi escolhido em um concurso. No entanto, a construção só iniciará depois que o julgamento acontecer.

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