O empresário Hegner Kautsky morreu na tarde de domingo (17) após um grave acidente na curva “da morte” entre o trevo do Vale da Estação, em Santa Isabel e o trevo de Domingos Martins, na BR-262. Hegner havia saído de casa a trabalho. Ele estava acompanhado dos amigos Flávio Salles, Ennio Modorese e o filho, Lucca Modorese.
Foto: Divulgação / FacebookFolha Vitória
Folha VitóriaSegundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a batida entre o carro e uma carreta vazia foi em uma curva perigosa, na altura do distrito de Santa Isabel. O trânsito foi totalmente interrompido, carros de bombeiros e quatro ambulâncias foram usadas para resgatar as vítimas que foram socorridos e levados para o Hospital São Lucas, em Vitória.
Mais um acidente com morte na BR 262 poderia ter sido evitado se fosse utilizada a Ferrovia Centro-Atlântica que liga Rio de Janeiro a Vitória, passando por Cachoeiro, Marechal Floriano, Domingos Martins, Viana e Vitória. Ela tem ramificações que chega a Aracruz, no Norte do Estado.
O empreendedor Romeu Steim fez apelo as autoridades federais, deputados e senadores para a volta do transporte ferroviário da madeira. “Temos o apoio do governador Renato Casagrande neste pleito. A ferrovia está em estado de abandono e precisa de revitalização. Não podemos ficar esperando a duplicação da 262, pois até lá muitas vidas serão ceifadas, como de nossos amigos Hegner Kautsky e Jocelino Lutzke”. Ele acrescenta que a ferrovia hoje está sob responsabilidade do DNIT “o que nos ajuda nessa missão de salvar vidas”.
O trecho de Vitória ao Rio de Janeiro, passando por Cachoeiro de Itapemirim e Campos dos Goytacazes, faz parte do contrato de concessão e arrendamento firmado em 1996 pela VLI controladora da Ferrovia Centro-Atlântica.
O sítio histórico ferroviário de Domingos Martins, da década de 1900, localizado no Vale da Estação, distrito de Santa Isabel, é composto pela estação Germânia, uma caixa de água que alimentava a Maria Fumaça e uma casa de turma que abrigava os trabalhadores da linha férrea Leopoldina. Um patrimônio histórico em ruínas. A Germânia era a porta de entrada e saída de passageiros e da riqueza. Por ela passava a economia, onde os comerciantes e produtores rurais transportavam seus produtos como café, farinha e feijão para a capital.
Foto: Sandra Cola