Apo´s desastre ambiental, vítimas da tragédia em Mariana começam a receber indenizações
Familiares e a Fundação Renova entraram em acordo sobre valores; até o momento, R$ 40 milhões foram pagos em indenização extrajudicial
Folha Vitória|Do R7
Três anos e oito meses após o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, na região Central de Minas Gerais, 83 pessoas serão indenizadas pela Fundação Renova, entidade que representa as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton e que foi criada para lidar com a reparação dos danos causados pela tragédia ambiental.
Os acordos individuais têm valores específicos para cada uma das famílias atingidas e são confidenciais, de acordo com a Fundação Renova. Até o momento, 109 acordos extrajudiciais foram firmados e outros 19 foram recusados. Ao todo, essas indenizações representam R$ 65 milhões, dos quais, ainda segundo a Fundação, R$ 40 milhões foram pagos.
"Dos valores pendentes de pagamento, a maioria refere-se a acordos envolvendo incapazes, para os quais, o pagamento somente é realizado após a homologação judicial", diz a Fundação Renova.
Tragédia
Em 5 de novembro de 2015, a barragem de Fundão, de responsabilidade da Samarco, se rompeu em Mariana. Ao todo, 19 pessoas morreram, as comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo foram arrasadas e os 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro foram lançados no rio Gualaxo do Norte e contaminaram os 670 km do leito do Rio Doce, até o litoral do Espírito Santo.