Aviação civil vive aquecimento após a pandemia
Daniel Nakamura, Co-Founder da Lingopass, explica por que as empresas de aviação civil devem investir nos processos de qualificação...
Folha Vitória|Do R7
Foto: Divulgação/DINO
O setor de aviação civil tem superado o cenário de turbulência vivenciado ao longo da pandemia de Covid-19 e deve alcançar a recuperação total em 2024, conforme opinião de especialistas consultados pela InfoMoney.
Segundo os dados mais recentes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a demanda por voos internacionais no Brasil ganhou tração em 2022 e chegou a 77,8% em outubro, depois de ter iniciado o ano com 48,2% do verificado antes da crise sanitária, ainda segundo o balanço publicado pela InfoMoney.
O setor doméstico, forma do voo comercial em que tanto o local de partida como de chegada ocorrem no Brasil, é o que tem apresentado uma recuperação mais rápida. No mesmo período analisado, passou de 84,4% para 91,8%, ainda segundo os dados da Anac.
Dados da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas) mostram também que o segmento de viagens corporativas recuperou o patamar de receita pré-pandemia e movimentou R$ 1.06 bilhões em novembro de 2022, ante R$ 967 milhões no mesmo mês de 2019.
Segundo a entidade, o faturamento do setor somou R$ 10,2 bilhões no acumulado de janeiro a novembro do último ano - quase o triplo de 2021, quando os ganhos ficaram em R$ 3,8 bilhões.
Empresas devem investir em processos de qualificação e aprimoramento
Na visão de Daniel Nakamura, cofundador da Lingopass, edtech brasileira focada no ensino de idiomas para empresas, é importante desenvolver processos de treinamento e qualificação constantes dos quadros de funcionários de empresas aéreas, como a oferta do ensino de idiomas:
“Uma empresa do setor de aviação, por definição, já é uma empresa internacionalizada, mesmo que não se veja dessa forma. No modelo mais simples, ela possui fornecedores estrangeiros. No modelo mais complexo, ela importa e exporta mão de obra, processos e produtos”, afirma.
Em ambos os casos, prossegue, o domínio de um idioma estrangeiro, mais especificamente o inglês, é fundamental para o aumento da produtividade. Com isso, elimina-se o efeito “telefone sem fio”, intérpretes, ferramentas como Google translator e longas cadeias de e-mails, entre outros.
“Em uma empresa área, o domínio do inglês resulta em uma troca de relacionamentos vazios por relacionamentos completos, onde os interlocutores não falam apenas sobre o trabalho, mas também criam conexões verdadeiras que, efetivamente, contribuem com a eficiência no ambiente de trabalho, além de torná-lo mais agradável”, afirma Nakamura.
Segundo dados do “Panorama da Aviação Brasileira”, divulgados pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), o setor de aviação gera em torno de 6,4 milhões de empregos no Brasil. As vagas são distribuídas pelos diversos setores envolvidos, estimulados ou viabilizados pelo transporte aéreo, sendo: 557 mil empregos diretos, 334 mil empregos indiretos, 921 mil empregos induzidos e 4,6 mi de empregos no turismo.
Para mais informações, basta acessar: https://www.lingopass.com.br/para-empresas