Após três semanas suspensas, as cirurgias eletivas, consideradas não emergenciais, foram retomadas no Espírito Santo no último dia 21 de fevereiro, (a suspensão começou no dia 30 de janeiro). Na ocasião, nove mil profissionais da saúde da rede estadual estavam afastados do trabalho, por terem contraído a covid-19.
A notícia parecia trazer alívio para quem aguarda pelos procedimentos. Mas para a doméstica, Juversina Luiza Liberato, 57 anos, o tempo de espera ainda não chegou ao fim. Desde dezembro do ano passado que ela tenta agendar uma cirurgia para a retirada de pedras na vesícula. Emocionada, conta sobre o mal estar que sente desde o diagnóstico.
"Dizem que eu tenho que esperar, que é difícil mesmo", relata paciente
"Tudo o que eu como me faz mal, me deixa com o intestino muito solto. Eu quando ligo para o posto, eles dizem que eu tenho que esperar mais, que é difícil mesmo. Eles acham que tudo é mais difícil mesmo que a gente tem que ficar aguardando, esperando. A gente não tem como tirar do bolso para pagar, né?", desabafou.
A Secretaria de Estado da Saúde não detalhou como a retomada nas cirurgias eletivas está acontecendo. Também não disse qual é a atual fila de espera, mas garantiu apenas que pacientes que tinham algum procedimento agendado serão comunicados.
Já para casos que não há agendamento, a orientação é para que busquem informações na Unidade Básica de Saúde de referência do cidadão.
A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo informou que em algumas unidades os procedimentos não chegaram a ser suspensos. Porém, o número de cirurgias que deixaram de ser feitas nos hospitais que suspenderam os procedimentos não foi divulgado.
Estratégias para reduzir fila de espera por cirurgias eletivas serão definidas
A previsão é que na próxima terça-feira (08) uma reunião com a Sesa defina as estratégias para reduzir a fila de espera. Esta não foi a primeira vez que o Estado suspendeu as cirurgias eletivas. em 2020 e 2021, em momentos de pico da pandemia, os procedimentos também ficaram paralisados.
Enquanto isso, Juversina afirma que continuará tentando até conseguir passar pela cirurgia que precisa. "Fica muito ruim. Só eu sei o quanto eu sofro. Isso me deixa muito pra baixo. A gente quer a saúde da gente, né?", falou.
Por meio de nota, a Prefeitura de Cariacica informou que a solicitação da Juversina foi incluída no sistema da Secretaria de Saúde no dia 17 de dezembro. Segundo a secretaria de Saúde do Estado esclareceu que a cirurgia da paciente está marcada para o próximo dia 23 de março, no hospital Dório Silva.
Agora, a orientação é para que a paciente vá até a Unidade de Saúde de Rio Marinho para buscar o documento de autorização.
*Com informações do repórter Lucas Pisa, TV Vitória/Record TV