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Delegacia deve ter oito investigadores atuando disfarçados para prender pedófilos

Delegacia deve ter oito investigadores atuando disfarçados para prender pedófilos

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

Folha Vitória - Cidades 4
Folha Vitória - Cidades 4

Foto: Reprodução

A partir de agora policiais civis poderão se disfarçar de pedófilos na internet para prender criminosos abusadores. Oito investigadores da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) devem atuar desta forma na Grande Vitória para coletar provas contra estes bandidos.

Os policiais poderão até usar documento de identificação falsos para se infiltrar nas redes sociais. De acordo com o delegado Lorenzo Pazolini, titular da DPCA, as estatísticas realizadas pela especializada mostram que 50% dos crimes de pedofilia têm início no campo virtual.

A lei que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) foi sancionada recentemente e as conversas, que antes serviam apenas para localizar um suspeito, podem fornecer provas contra os acusados, o que não era previsto em lei. 


"Esse novo procedimento que permite a coleta de provas no mundo virtual vai facilitar e agilizar o nosso trabalho. As provas servirão para a condenação do suspeito. Todos os policiais da DPCA estão preparados para se infiltrar no mundo virtual. Temos oito policiais aqui na DPCA aptos e, como não há esta especializada no interior do Estado, as delegacias regionais terão profissionais para realizar este tipo de investigação", esclarece Pazolini. 

O delegado informou que 1.050 inquéritos de casos de pedofilia foram concluídos e 60 pedófilos foram presos em 2016. Já em 2017, de janeiro a abril, 19 pessoas foram presas. "O número maior de vítimas ainda são meninas que acabam sendo atraídas pelas conversas dos pedófilos", disse.


Pela legislação, a "espionagem" deverá ser utilizada nos casos em que não há como encontrar provas deste tipo de crime. O delegado reforça que os pais devem ficar atentos e que a melhor forma de prevenir é acompanhar o que os filhos fazem na internet. 

"Os pais devem acompanhar o ambiente virtual no qual a criança ou o adolescente navega. Além disso, os pais devem orientar os filhos sobre esses casos e educá-los a respeito. Mas a regra máxima é que não se deve postar nada das crianças ou adolescentes nas redes sociais que não possa ser visto em um outdoor", informou.


O delegado também orienta que os pais devem procurar uma ajudinha da tecnologia para monitorar o que os filhos fazem com a instalação de softwares que impedem, por exemplo, que crianças e adolescentes acessem sites com conteúdo pornográfico.

"Os pais ou responsáveis também podem baixar aplicativos de monitoramento em tempo real, o que vai permitir que eles saibam o que a criança ou o adolescente acessa instantaneamente e à distância", orienta.

Para as crianças e adolescentes, Lorenzo Pazolini diz que em caso de dúvidas a respeito do site ou de conversas pela internet, eles devem procurar os pais e relatar o caso. A pedofilia é caracterizada principalmente por estupro de vulnerável , ou seja, menores de 14 anos de idade e, se a pessoa for condenada por este crime, pode pegar uma pena que varia entre 8 e 15 anos de reclusão.

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