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Desigualdade racial: números do IBGE retratam grave problema no ES

No ano passado, a taxa de pobreza das pessoas brancas no Estado era de 17,1%. Entre as negras ou pardas, 31,3%.

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Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram o retrato da desigualdade racial no Espírito Santo e como o problema impacta níveis de pobreza, emprego e salários da população.

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Uma dessas pessoas que aparece nas graves estatísticas é a dona de casa Maria Aparecida Chaves. Ela mora com os três filhos no bairro Santa Margarida, em Guarapari. A família vive com o benefício social de R$ 1.200 que um dos filhos, com microcefalia, recebe.

"Eu pago o aluguel, que é R$ 300, mas às vezes falta dinheiro para o aluguel. Um mês eu pago, outro mês dou só a metade do dinheiro e fica dinheiro pra trás. Ainda tem as contas de água e luz", contou a dona de casa.

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Os números mostram que o cenário vivenciado por milhares de famílias no Estado está ligado a desigualdade racial. No ano passado, considerando o valor de R$ 486 per capta, a taxa de pobreza das pessoas brancas no Estado era de 17,1%. Entre as negras ou pardas, 31,3%.

No país, a proporção de pessoas pobres era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre negros (34,5%) e pardo (38,4%).

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Isso é resultado de uma sociedade escravista, onde aconteceu uma pseudo abolição. Aboliu a escravidão no sentido do termo lá no começo, mas a subordinação dos brancos continua e das minorias, de uma forma geral", explicou a socióloga Maria Angela.

Segundo o IBGE, no mesmo ano, a taxa de desocupação de pessoas brancas foi de 8%. De pessoas negras, 14% e pardas, 15,7%. Já o rendimento médio mensal de pessoas ocupadas brancas foi 36% maior que o de negros e 29% superior que o de pardos. 

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Os dados ainda revelam que negros e pardos são os que mais ocupam postos informais no Espírito Santo.

De acordo com o presidente da Central Única das Favelas (Cufa), Gabriel Nadipeh, a política deve se movimentar para que esse problema seja aniquilado na sociedade. 

"É preciso que se desenvolvam políticas públicas, sociais e raciais que também contemplem pessoas negras para que se resolva de uma vez por todas essa chaga que nós temos no país, em que as pessoas, devido à cor da sua pele, são discriminadas."

* Com informações da repórter Luana Damasceno, da TV Vitória/RecordTV.

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