Estudo aponta que jovens preferem vídeos online a jornais
Segundo o centro de pesquisas VidMob, a Geração Z e Y utilizam 40% do tempo livre na internet para o consumo de vídeos.
Folha Vitória|Do R7
A crescente popularização da internet e a acessibilidade de aparelhos celulares com internet banda larga desencadeou um avanço no consumo de informações através de fontes diferentes do jornalismo, como sugere o relatório anual da VidMob, que apresentou dados de uma pesquisa realizada com jovens entre 13 e 25 anos e constatou que o consumo de vídeos na internet ocupa grande parte da fonte de informação que os jovens procuram.
Em junho de 2020 a revista Exame já publicava que o YouTube cresceu 53% nos últimos dois anos e grande parte dos consumidores e produtores de conteúdos são os jovens, alguns deles iniciando suas carreiras logo cedo e muitos publicando livros e comercializando através da rede, como relata a matéria publicada no jornal Estadão. Esse crescimento resultou no desejo de jovens e adolescentes de se tornarem youtubers, criando oportunidades de empresas de educação profissional criarem cursos específicos sobre a profissão, abordando temas como oratória, edição de vídeos e até de linguagem corporal.
Para o especialista em Neuromarketing e Comportamento do Consumidor, Eduardo Domit "esse fascínio e interesse por essa nova profissão está atrelado a profissionais de sucesso que expõem suas vidas, mansões e elementos que muitas das vezes são sonhos dos jovens que não tem acesso à tais condições e ativam zonas cerebrais de estímulos ligado ao desejo e satisfação e como resultado, maior motivação". Como é o caso de Miguel Campos, de 14 anos e que mora em Belo Horizonte. O jovem que começou como youtuber motivado por gamers, nome dado aos influencers que compartilham suas partidas de jogos online.
Contando com o apoio dos familiares, o jovem já realizou partidas com celebridades e relata que iniciou durante a pandemia um canal para combater a depressão e ansiedade, algo que teve enorme crescimento durante a pandemia, segundo a CNN. Miguel que se viu num estado de obesidade por conta do distanciamento social, buscou informações na internet de como combater e amenizar as crises e foi através de um canal no YouTube de especialistas no assunto que tudo começou.
"Ter um canal no YouTube é muito mais do que só compartilhar os jogos, vídeos e música. As pessoas buscam informações, buscam aprender algo novo e pode ajudar as pessoas que muitas estavam como eu sabendo onde procurar", finalizou Miguel.