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EUA: 26% das pessoas compram imóveis em Orlando sem visitação

Construtoras e incorporadoras de adaptam à realidade virtual desde a construção até a venda de imóveis residenciais.

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

Foto: Divulgação/DINO

De acordo com pesquisa da Home Light’s Homebuyer and Seller Insights Survey, feita este ano, cerca de 22% de compradores de imóveis nos Estados Unidos fizeram uma oferta sem ver o imóvel pessoalmente. Ainda segundo o levantamento, em outros pontos do país essa taxa foi ainda maior. Os números de pessoas que não realizaram uma visita no imóvel de interesse foi: em Los Angeles cerca de 27%, Tampa e Orlando 26% e em Sacramento 25%. Os dados mostraram também que, entre os compradores que não realizaram uma visita presencial antes de realizar uma oferta, 64% viram o imóvel por meio de fotos dos anúncios, 36% com visitas virtuais e quase 30% realizaram walkthroughs ou tours virtuais.

O comportamento de compras de imóveis feitas por estrangeiros nos EUA também foi foco de um estudo realizado pela Associação Nacional de Corretores (NAR, na sigla em inglês). Segundo o relatório, que apresenta números referentes aos 12 meses anteriores a março de 2022, o valor médio de compra por brasileiros foi de US$ 434,8 mil. No total, os brasileiros gastaram US $1,6 bilhão em todo o período indicado. Ainda segundo a associação, o estado da Flórida foi o principal destino dos compradores internacionais, com um índice de 24% de todas as transações residenciais envolvendo estrangeiros.

Desde o início da pandemia construtoras e imobiliárias se adaptaram para fazer negócios usando a internet e tecnologia. Ronaldo Montenegro, incorporador em Orlando, aponta que modernizar o setor foi uma exigência do mercado imobiliário. “A tecnologia está ressignificando a experiência dos compradores de imóveis. Mesmo com as fronteiras abertas e a situação quase normalizada, muitas pessoas aderiram à praticidade e ao conforto de tomar decisões sem sair de casa, diretamente do computador, tablet ou celular”, complementa.


Segundo Ana Carolina Teixeira, diretora comercial, responsável pelas vendas e marketing do The Hub At Westside Reserve, empresa que trabalha com a gestão e comercialização de empreendimentos imobiliários, os proprietários, muitas vezes, não conhecem seus imóveis pessoalmente. “Com a necessidade do distanciamento social, o número de visitantes em plantões de venda diminuiu e os atuantes do mercado imobiliário passaram a usar ferramentas como o tour virtual, por exemplo, para alcançar o cliente. Atualmente, pouco mais de dois anos após o início da pandemia, essa continua sendo a realidade de muitas construtoras e imobiliárias: vender imóveis a distância com a tecnologia aliada, como tour virtual e óculos 3D”, afirma.

Automação residencial também ganha espaço


Além da modernização implementada no processo de venda, algumas residências nos EUA também já estão sendo adaptadas ao formato de casa inteligente. Um levantamento realizado pela eMarketer prevê que até 2025 serão, pelo menos, 64,1 milhões de casas com algum dispositivo smart, representando quase 48,1% de todos os lares do país.

A modernidade tem se mantido presente no dia a dia dos moradores. “Vemos algumas unidades sendo entregues com Alexa, os speakers da Amazon que viabilizam automação por comando de voz, além de campainha com câmera, fechadura eletrônica e termostato controlado por wi-fi. Com a tecnologia, o trabalho, o lazer e o bem-estar estão a um toque ou comando de voz”, complementa Ronaldo Montenegro.

Como indicam os dados apresentados pelas pesquisas, o uso de tecnologia por parte do mercado imobiliário nos Estados Unidos também revela perspectivas para o setor em escala global. A expectativa é a de que nos próximos anos, mais compradores passem a adquirir imóveis de forma totalmente virtual, sem a necessidade de uma visitação presencial, é o que acredita Ronaldo Montenegro. Em sua análise, “a busca por casas inteligentes também deve crescer, isso porque, atualmente, os clientes estão cada vez mais interessados em uma realidade mais tecnológica”, finaliza.

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