Folha Vitória Grupo pede que surfista capixaba que agrediu americana seja desvinculado de Confederação

Grupo pede que surfista capixaba que agrediu americana seja desvinculado de Confederação

Caso de agressão aconteceu no início de abril e ganhou repercussão após a surfista americana divulgar um vídeo nas redes sociais

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Foto: Reprodução | Vídeo
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A União Brasileira de Mulheres (UBM), entidade que luta pela igualdade de gênero, pediu a desvinculação do surfista capixaba JP Azevedo, que agrediu uma surfista americana no início do mês na Indonésia. A cena de violência foi registrada em um vídeo que circulou nas redes sociais.

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No documento de 12 páginas encaminhada ao Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), a entidade pede que seja instaurado um procedimento disciplinar contra o atleta capixaba e pede que ele seja penalizado com a desvinculação.

"É sabido que as mulheres sofrem constante discriminação pelo simples fato de serem mulheres. Quando esse recorte é levado para o âmbito dos esportes, tal situação demonstra-se ainda mais delicada, pois este se constitui um ambiente majoritariamente masculino", argumentou no documento.

A surfista americana Sara Taylor publicou um vídeo nas redes sociais do momento em que é agredida ainda dentro da água. A confusão continuou na areia, onde a atleta levou mais socos.

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Na legenda da publicação, ela contou que tinha caído na primeira onda, quando o capixaba lhe deu o primeiro soco. Segundo Sara, o rapaz também teria tentado agredir a pessoa que filmava a confusão na areia da praia.

Com a repercussão do caso, uma das marcas que patrocinava o surfista anunciou o fim da parceira com o atleta. 

O capixaba se pronunciou no dia seguinte e afirmou que estava arrependido e envergonhado pelo que ocorreu. JP disse que havia perdido a cabeça. Segundo ele, as imagens divulgadas teriam sido editadas e não mostravam o momento em que ele também teria sido agredido.

Outros casos de agressão contra mulheres no esporte envolvendo capixabas também ganharam repercussão nacional. A UBM lembra no documento enviado a CBSurf, por exemplo, a agressão sofrida pela árbitra auxiliar Marcielly Santos que foi agredida pelo então técnico da Desportiva Ferroviária, Rafael Soriano, em abril de 2022.

Na ocasião, o técnico invadiu o campo para questionar o encerramento do primeiro tempo do jogo antes da cobrança de um escanteio em favor da equipe. O técnico deu uma "cabeçada" na árbitra auxiliar.

"Importante ressaltar que a conduta em si de agressão a mulher é um ato gravíssimo, e quando ocorre quando a vítima está legitimamente exercendo sua atividade profissional o absurdo se torna ainda mais evidente", frisou a UBM.

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O Folha Vitória procurou a Confederação Brasileira de Surf para saber quais medidas serão adotadas após o pedido da União Brasileira de Mulheres, mas não tivemos retorno. O surfista JP Azevedo também foi procurado, mas não se posicionou sobre o pedido até a publicação da reportagem. O texto será atualizado quando houver um posicionamento.

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