Foto: Reprodução TV Vitória
Um homem em situação de rua foi agredido na noite da última segunda-feira (25), na Av. Fortaleza, no bairro Itapuã, em Vila Velha. O agressor alegou que a vítima teria mexido com a filha dele, mas os moradores da região defenderam o homem.
Uma moradora conta como tudo aconteceu. "Do nada veio um cara e deu um voador na cabeça, ele caiu sem reação nenhuma. Ele começou a chutar, chutava a cabeça dele, chutava o corpo dele. Todo mundo falando: 'Para, para, para' e ele falando assim: 'Você mexeu com a minha filha'", disse.
"Eu falei assim: 'Mas ele agarrou a sua filha?', ele: 'Ele mexeu com a minha filha, ele olhou para minha filha. Você fica passando em frente a loja olhando para ela'. Eu falei assim: 'O que ele fez com ela? Ele não é de fazer mal a ninguém', ele falou: 'Você não tem filha, então não se mete não'. Quanto mais a gente falava, mais ele chutava ele. Até que veio o rapaz da sorveteria, segurou ele e pediu para ele parar", complementou.
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O homem agredido disse à polícia que não sabia o motivo das agressões. As testemunhas acionaram a polícia e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu a vítima até um hospital de Vitória.
Depois do fato, o agressor saiu do local e não foi encontrado pela polícia. Ele é proprietário de uma loja da região, que estava fechada na manhã desta terça-feira (26). Familiares alegaram que a vítima tinha mexido com a enteada do agressor, que estava trabalhando no estabelecimento.
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Apesar da versão da família, moradores do bairro disseram que a vítima nunca mexeu com ninguém da região e era bastante conhecido. "Ele é super inofensivo, morou aqui há anos, passeia por aqui, não mexe com ninguém, nunca foi de mexer com ninguém. Todo mundo ficou surpreso porque ele não é de mexer com ninguém", disse.
Segundo testemunhas, o homem tem casa e família. Porém, vive em situação de rua por opção. "Ele tem condições. A família dele é uma família de bem, que tem posse. Ele leva essa vida assim porque ele quer', contou.
A Polícia Civil informou que a ocorrência foi registrada como lesão corporal, crime que depende da manifestação por parte da vítima, para que haja investigação. O agressor ainda não compareceu à delegacia.
A PC orienta que a vítima ou um representante registre a ocorrência, podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou realizar o registro por meio da Delegacia Online.
*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória/Record TV