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Indústria química impulsiona indústria brasileira de fertilizantes

Com restrições impostas pela Rússia, mercado valoriza produção nacional capaz de atender agronegócio. Cerca de 25% do fertilizante importado pelo Brasil é de origem russa, sendo esse país responsável por aproximadamente 100% do nitrato de amônio que chega ao mercado nacional. A indústria química brasileira tem muito a contribuir para melhorar o cenário do agrobusiness e superar conflitos que possam agravar a produção de alimentos

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

O sucesso do agronegócio depende em grande parte das condições climáticas, mas também do uso de fertilizantes e defensivos agrícolas na medida certa. Isso estabelece uma relação muito estreita entre agronegócio, indústria de fertilizantes e indústria química. O Brasil importa cerca de 85% dos principais fertilizantes usados na agricultura, o chamado grupo NPK: nitrogenados (N), fosfatados (P) e os de potássio (K).

Rússia e Belarus são os principais fornecedores de fertilizantes do mundo todo. Cerca de 25% do fertilizante importado pelo Brasil é de origem russa, sendo esse país responsável por aproximadamente 100% do nitrato de amônio que chega ao mercado nacional. Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia e começou a sofrer sanções internacionais, suspendeu a entrega de fertilizantes para vários países enquanto as negociações acontecem. Com isso, produtores nacionais de fertilizantes se viram em condições de aumentar a base de clientes e, consequentemente, a produção.

De acordo com o Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-primas para Fertilizantes (Sinprifert), o Brasil - que é o quarto maior produtor mundial de grãos - tem apenas 22 plantas industriais de onze produtoras de fertilizantes, responsáveis por 11,6% do potássio, fósforo e nitrogênio usados na agricultura do país. São duas fábricas de potássio, mais duas de nitrogenados. O restante se concentra em fosfatos.

Na opinião de João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas - grande produtora de potassa cáustica -, as inseguranças com relação à produção de fertilizantes podem ser superadas com a colaboração da indústria química. "Tudo o que está acontecendo globalmente tem impacto local. O maior consumidor da potassa cáustica (hidróxido de potássio) é o agronegócio, que a emprega na produção de fertilizantes foliares e defensivos agrícolas. Ou seja, além de fornecer os insumos necessários para que as safras obtenham bons resultados, também temos que destacar o combate a pragas, que é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil".


Freitas reafirma a importância estratégica dos fertilizantes para o país e acredita que o atual contexto levará a um aumento no consumo nacional, elevando a produção interna. "O Brasil tem reservas de fósforo e potássio com potencial para serem exploradas. São matérias-primas para a produção de fertilizantes fosfatados e potássicos. Assim, a indústria química brasileira tem muito a contribuir para melhorar o cenário do agrobusiness e superar conflitos que possam agravar a produção de alimentos".

Fontes: João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Ind. Químicas.


https://www.cnnbrasil.com.br/business/brasil-possui-apenas-22-plantas-industriais-de-fertilizantes-aponta-sinprifert/

https://www.sinprifert.com.br/post/estado-do-rio-de-janeiro-prestes-a-lan%C3%A7ar-o-seu-plano-estadual-de-fertilizantes

https://www.tfi.org/sustainability

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