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Liga das escolas de samba pode ter bens penhorados pela Justiça do Rio

Liesa tem até a próxima segunda-feira (10) para pagar multa de R$ 750 mil por nova “virada de mesa” no Carnaval. TAC foi assinado com o MP-RJ em 2018

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

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Folha Vitória

A Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) tem até a próxima segunda-feira (10) para pagar uma multa de R$ 750 mil à Justiça do Rio. Caso o valor não seja pago, os bens da liga poderão ser penhorados para quitar a divida.

A multa é relacionada ao TAC (termo de ajustamento de conduta) assinado com o MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) em julho de 2018 para evitar uma nova “virada de mesa” na disputa das escolas de samba do Rio de Janeiro.

O TAC aponta que a Liesa não permitiria mais “o descumprimento da regra do Regulamento Específico dos Desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial que prevê o rebaixamento das duas últimas escolas de samba na classificação geral”.

Entretanto, na última segunda-feira (3), uma reunião da Liesa manteve a Imperatriz Leopoldinense no Grupo Especial, a primeira divisão do Carnaval carioca.


A escola de Ramos, bairro da zona norte do Rio, ficou na penúltima colocação entre as 14 agremiações que desfilaram na Sapucaí no domingo e na segunda de Carnaval.

A reunião, marcada para discutir as contas do Carnaval de 2019, terminou com a votação para decidir a permanência da Imperatriz Leopoldinense na elite dos desfiles do Rio.


Beija-Flor, Mangueira, Portela, Viradouro e Vila Isabel votaram a favor do rebaixamento, enquanto Estácio de Sá, Grande Rio, Mocidade, Paraíso do Tuiuti, Salgueiro, São Clemente, União da Ilha e Unidos da Tijuca votaram a favor.

A Império Serrano, última colocada deste Carnaval, e Imperatriz Leopoldinense não tiveram direito de voto. Segundo as escolas, a manutenção das 14 escolas no Grupo Especial engrandeceria artisticamente os desfiles.


Após a manobra das escolas de samba, Jorge Castanheira, presidente da Liesa entre 2007 e 2019, renunciou ao cargo. O dirigente era contra a manobra para a permanência da Império Serrano.

Em 2018, a Liesa não rebaixou a Grande Rio e a Império Serrano, alegando dificuldades financeiras entres as escolas para realizar o Carnaval daquele ano. Já em 2017, os acidentes envolvendo Paraíso do Tuiuti e Unidos da Tijuca fizeram a liga manter todas as escolas no grupo de elite para o ano seguinte.

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