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Médica capixaba explica por que mais de 30 mil pessoas terão câncer de pulmão este ano no Brasil

O consumo de cigarro está entre os principais fatores de risco

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O câncer de pulmão representa 13% de todos os novos casos de tumores no Brasil, sendo um dos mais comuns tanto em homens quanto em mulheres. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 30 mil pessoas deverão ser diagnosticadas com a doença este ano no país.

No mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, cuja alta incidência preocupa os médicos, a campanha #RespireAgosto tem como objetivo reforçar a importância de um diagnóstico rápido.

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"A taxa de incidência vem diminuindo, mas os números de pacientes com câncer de pulmão ainda são alarmantes no Brasil. Isso se deve à alta incidência do tabagismo na população, além de problemas de saúde pública (poluição, radônio residencial e arsênico na água potável)", explica Lorraine Juri, radio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

De acordo com ela, fumar é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de neoplasia.

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"O cigarro é de longe o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Ele possui dezenas de componentes cancerígenos que agridem diretamente o DNA das células normais do epitélio pulmonar, causando mutações que se somam e provocam o desenvolvimento da doença", afirma Lorraine Juri.

Para a especialista, largar o cigarro é a decisão mais acertada a ser tomada em nome da saúde.

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"O melhor momento para parar de fumar é o quanto antes. É importante saber que não existe uma fórmula mágica para se livrar da dependência de nicotina. São diversos os caminhos possíveis, e cada pessoa vai encontrar um que funcione melhor para ela", afirma.

Fumantes passivos também fazem parte dos casos diagnosticados, pois inalam a fumaça tóxica do cigarro.

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Este tipo de tumor pode ser classificado em dois tipos: câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC), que se desenvolve a partir das células epiteliais (85% dos casos); e câncer de pulmão de pequenas células (CPPC), que pode se disseminar mais rápido (15% dos casos).

Diagnóstico precoce

A detecção precoce é um ponto chave para ampliar as chances de um tratamento efetivo. Segundo a especialista, os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja em estágio avançado, mas algumas pessoas com tumor de pulmão em fase inicial apresentam sintomas, como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, piora da falta de ar, perda de peso e de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, cansaço e fraqueza. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.

Raio-X do tórax, complementado por tomografia computadorizada da região são exames iniciais para investigar uma suspeita de câncer de pulmão. A broncoscopia (endoscopia respiratória) também deve ser feita para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia.

Uma vez confirmado o diagnóstico, o médico irá avaliar junto com o paciente o melhor tratamento a ser feito. A radioterapia é uma das opções que podem ser realizadas previamente ou após cirurgia, ou ainda com finalidade paliativa.

"A radioterapia utiliza radiação para destruição das células cancerígenas. Dependendo do estágio e do tipo histológico do câncer de pulmão, a radioterapia pode ser administrada com diferentes objetivos. Seja como tratamento principal, com finalidade curativa, associada ou não a tratamentos sistêmicos. Pode ser feita também antes ou depois de uma cirurgia no tórax ou para alívio de sintomas provocados pelo câncer de pulmão avançado ou tratamento de metástases", explica a radio-oncologista.

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