Mulher passa por transplante dos dois pulmões e se livra de câncer terminal
Doença estava restrita aos pulmões e não afetou outros órgãos, o que possibilitou a cirurgia
Folha Vitória|Do R7
Algumas histórias são tão impressionantes que parecem tiradas de um filme. É o caso da enfermeira aposentada Tannaz Ameli. A norte-americana de 64 anos teve dois pulmões transplantados e se recuperou totalmente de um câncer.
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Ameli sentiu os primeiros sintomas da doença em 2021, quando foi acometida por uma tosse persistente, que simplesmente não passava. O diagnóstico foi cravado em janeiro do ano passado: câncer em estágio 4, o mais avançado e perigoso.
Ela chegou a passar por algumas sessões de quimioterapia, mas o tumor não regrediu. O estrago era tal que os médicos de Minnesota. estado natal da idosa, perderam qualquer esperança de tratamento e recomendavam apenas cuidados paliativos.
Acontece que a família de Ameli não estava pronta para desistir. O marido da aposentada então, foi atrás de outras alternativas. As investigações culminaram no contato com a Faculdade de Medicina da Universidade Northwestern.
Por lá, o cirurgião torácico Ankit Bharat, que em 2021, havia realizado o mesmo procedimento em outro paciente, que também tratava um câncer.
"Quando vim para a Northwestern Medicine, a primeira coisa que o doutor Bharat me disse foi: 'Acho que podemos deixá-la livre do câncer', e ele cumpriu essas palavras", contou Tannaz na nota publicada pela instituição.
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A cirurgia, pouquíssimo conhecida, só aconteceu porque o tumor estava restrito apenas aos pulmões e não havia se alastrado a nenhum outro órgão da aposentada.
Para realizar o procedimento, o cirurgião precisou do auxílio de uma máquina que realizava o trabalho do coração e também dos pulmões da idosa, para que, então, esses últimos fossem removidos completamente, incluindo os gânglios linfáticos, de forma simultânea.
"Esses pacientes podem ter bilhões de células cancerígenas nos pulmões, por isso devemos ser extremamente meticulosos, para não deixar uma única célula vazar para a cavidade torácica ou para a corrente sanguínea do paciente. Acreditamos que esta técnica possa ajudar a reduzir o risco de recorrência", explicou o médico.
O método foi adquirido e aperfeiçoado pelos especialistas do hospital durante a pandemia de covid-19, e a sobrevida um ano após a cirurgia foi de 90%.
Quem já passou por um transplante sabe que a disponibilidade órgãos pode ser um obstáculo para a realização do procedimento.
O que acontece é que no Northwestern, os especialistas desenvolveram um novo método de reparação de pulmões para que possam ser utilizados em pacientes com câncer.
"Estes são pacientes diagnosticados com algumas formas de câncer de pulmão que se espalharam dentro do pulmão, estão sem opções de tratamento e têm tempo de vida limitado. Neste programa exclusivo, incluiremos pacientes selecionados com algumas formas de câncer de pulmão que são limitadas aos pulmões para consideração de transplante de pulmão duplo se os tratamentos convencionais ou experimentais falharem", acrescentou o médico.
*Com informações do Portal R7