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Mundial de Bodyboarding: pela primeira vez bateria exclusiva voltada para atletas PCD

Cintya Belly (PE), Tiana Dantas (PB), além das 'capixabas' Érica Rodrigues e Mariana Gesteira vão disputar a bateria neste sábado, em Jacaraípe, na Serra

Folha Vitória|

Foto: Izabella Nunes/Wahine Bodyboarding Pro Atleta PCD Cintya Belly estará na disputa

O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro está entrando na reta final e, neste sábado (25) será a vez das atletas PCD (Pessoas com Deficiência) mostrarem sua potência em uma bateria que, pela primeira vez, será voltada exclusivamente para competidoras nesta condição. A disputa será entre as atletas Érica Rodrigues (ES), Cintya Belly (PE), Tiana Dantas (PB) e Mariana Gesteira (ES).

A pernambucana Cintya Belly é paciente oncológica e está no Espírito Santo pela primeira vez, exclusivamente para a disputa. Ela, que surfa desde os 14 anos, descobriu, em 2017, um câncer de mama, que a fez ter uma nova relação com a vida e também com o esporte. 

“Do câncer pra cá o mar é o meu lar”, revela a atleta, de 40 anos. Ela afirma sentir muita dor no músculo peitoral, resultado da última cirurgia, feita há seis meses. Mas está confiante no seu desempenho.

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A atleta diz que, ao descobrir o câncer de mama, em 2017, passou a ter um propósito: o de aproveitar a vida de forma intensa. 

Por isso, mesmo com a desaprovação da equipe médica, por estar em quimioterapia vermelha, assinou um termo de responsabilidade e voltou a competir. 

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“Eu tive a aceitação da morte e queria abraçar o mundo. E hoje eu digo que esse foi justamente o meu momento de renascimento”, declara Cintya. No Espírito Santo ela garante estar realizando um sonho. “Estou maravilhada por estar entre as melhores atletas, nem acredito que a minha história me trouxe a este momento”, afirma.

Quem também vai encarar as ondas no mar capixaba pela primeira vez é a surfista paraibana Tiana Gomes. Também diagnosticada com câncer de mama, começou a competir como bodyboarder este ano, por incentivo de uma amiga também atleta da categoria PCD e já saiu campeã de um campeonato disputado no Rio de Janeiro. 

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“Pensei em desistir mas tive o apoio de muitos amigos. Eu amo o mar, amo as demais atletas e temos a missão de contribuir com o bodyboard para que ele se torne esporte olímpico”, declara.

Outra motivação muito especial para Tiana Gomes é mostrar para outras mulheres que também têm o diagnóstico de câncer a importância de elas não desistirem. 

“Eu tive o câncer de mama em 2017, hoje meu braço direito não tem muita força e no bodyboard usamos muito esse membro, então, pra mim o esporte é muito mais difícil, especialmente porque venho do surf em pé. Mas amanhã vai ser lindo, eu tenho certeza disso”, declara a atleta, de 50 anos.

Érica Rodrigues, de 28 anos, não tem o antebraço esquerdo e vai competir pela primeira vez, embora treine bodyboarding desde os 12 anos de idade. “Sou louca pelo esporte e essa bateria é muito importante, pois não temos nem nas paraolimpíadas uma categoria para atletas do bodyboard”, diz. 

Quem também vai em busca da vitória são as atletas Tiana Dantas (PB) e Mariana Gesteira (ES), que é atleta de natação da Seleção Brasileira Paralímpica e, inclusive, fechou com chave de ouro a campanha brasileira no Mundial de Natação Paralímpica, disputado neste sábado (18), na Ilha da Madeira, em Portugal.

Mais disputas

Neste sábado também serão realizadas as semifinais e finais nas categorias Profissional, Master e Pro Junior. Também serão reveladas as campeãs do Circuito e, em seguida, será feita a premiação.

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