Obras na Terceira Ponte: moradores da Enseada do Suá dizem que objetos estão caindo nas casas
Parafusos e porcas grandes estão sendo encontrados em telhados e quintais das residências localizadas embaixo da ponte
Folha Vitória|Do R7
Moradores da Enseada do Suá, em Vitória, que vivem em casas localizadas embaixo da Terceira Ponte, reclamam da obra de ampliação e da construção da ciclovia, entre a capital capixaba e a cidade de Vila Velha. Segundo eles, objetros estão caindo nos telhados das residências e nos quintais, o que gera preocupação com risco de acidentes.
O gerente de loja Igor Medina Nogueira, de 28 anos, contou que mora com os avós e um primo. O jovem afirma que a família não tem mais o sossego de ficar no quintal da própria casa.
Além do receio de ferir alguém, Igor também se preocupa com danos materiais, já que os objetos têm caído sobre o teto da residência e bem próximo ao carro da família.
Para a dona de casa Valéria Frigini, de 50 anos, a obra também tem causado preocupação. "A casa fica realmente embaixo da ponte e estamos com receio, pois estamos encontrando parafusos e porcas grandes no quintal e no telhado. Por sorte, ninguém se machucou ou o carro de algum morador foi danificado".
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O que diz o Governo do Estado
Em nota, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) informou que a segurança das obras é fundamentada numa plataforma chamada quick-deck, sendo que a montagem da estrutura metálica ocorre justamente sobre esta plataforma com o objetivo de que, caso alguma peça venha a cair, a mesma fique retida na plataforma.
Segundo a nota, esta é uma plataforma de segurança que inclusive possui "linha de vida", onde os trabalhadores prendem seus cintos de segurança para que, em caso de queda, possam ser resgatados.
A nota da Semobi destacou que todos os trabalhadores passam por treinamento para trabalhos em altura, baseado na Norma Regulamentadora 35. A equipe que atua na obra é treinada e especializada na montagem, trabalhando com cinto de segurança, trava quedas e com as ferramentas e peças sempre amarradas, minimizando os riscos de queda de materiais.
De acordo com a nota da Semibi, também são utilizados dispositivos contra queda de quaisquer resíduos de demolição, com a preocupação tanto contra risco de queda e impactos ambientais. Outra medida que é realizada é a criação de caminho seguro para pedestres e isolamento preventivo da área de projeção das atividades, para o caso de possível falha humana e queda de materiais.
A Semobi ressaltou, ainda, que até o momento não há nenhuma ocorrência registrada relacionadas a acidentes ou queda de materiais.
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