Para melhorar fluidez no trânsito, Terceira Ponte terá cinco faixas para circulação de veículos
Com isso, os motoristas que seguirem para Vitória, no período de pico da manhã, terão três faixas para trafegar. Já no período de pico da tarde, quando essa dinâmica se inverte, três faixas serão usadas por quem seguir para Vila Velha
Folha Vitória|Do R7
Para aumentar a capacidade de escoamento de veículos e evitar congestionamentos, principalmente nos horários de pico, a Terceira Ponte passará a funcionar com cinco faixas. Para isso, será retirada a mureta que hoje separa as duas pistas e redimensionadas as atuais faixas.
A mudança foi anunciada pelo Governo do Estado nesta segunda-feira (15). Com a mudança, os motoristas que seguirem para Vitória, no período de pico da manhã, terão três faixas para trafegar. Já no período de pico da tarde, quando essa dinâmica se inverte, três faixas serão usadas pelos condutores que seguirem para Vila Velha, onde o movimento é maior.
Para isso, haverá a implantação de um moderno sistema de monitoramento e de sinalização vertical e horizontal que, em conjunto, tornarão possível a operação de faixas reversíveis. “Essa intervenção é um esforço adicional do Governo para ampliar a capacidade da Terceira Ponte e, com isso, melhorar a fluidez do tráfego nos horários de pico em Vitória e Vila Velha”, ressaltou a subsecretária de Estado de Mobilidade Urbana, Luciene Becacici.
O estudo para implantação da quinta faixa foi desenvolvido pela Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), juntamente com a Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-ES) e teve como base a operação da Ponte Lions Gate, localizada em Vancouver, no Canadá, e a experiência obtida pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo.
O projeto de engenharia foi formulado pela Rodosol, que projetou um custo total de R$ 24,5 milhões para a realização da obra e estipulou um prazo de oito meses para a execução da obra após a contratação da empresa. No entanto, tanto os valores como o cronograma ainda serão auditados pelo DER-ES.
Caberá ao departamento, após a fase de aperfeiçoamento do projeto, instaurar uma licitação pública para a contratação da empresa que será responsável pela execução das obras. Portanto, a obra não será executada pela Rodosol e, consequentemente, não haverá qualquer impacto na tarifa de pedágio da Terceira Ponte.
"Está absolutamente descartado qualquer impacto na tarifa que hoje é paga pelo usuário em virtude dessa obra que está sendo anunciada. Esse valor vai ser desembolsado pelo cofre do Governo do Estado e, de maneira alguma, vai impactar na tarifa. A gente nem poderia fazer isso, porque, se estivesse fazendo isso, a gente estaria desrespeitando uma decisão judicial, que, desde 2013, impede que novos investimentos sejam calculados e contemplados na tarifa da ponte", destacou o diretor-geral da Arsp, Julio Castiglioni.
Segundo a diretora técnica de Infraestrutura Viária da Arsp, Kátia Muniz Côco, as simulações realizadas com software de engenharia de tráfego, utilizando-se dados reais do fluxo e do comportamento dos veículos na ponte, apontam que a operação com faixas reversíveis possibilitará uma melhoria na fluidez do trânsito na Terceira Ponte.
"No sentido Vitória, projeta-se um acréscimo de cerca de mil veículos na capacidade da ponte, diminuição de 12% no tempo total de viagem e um aumento de 28% na velocidade média. No sentido inverso – indo para Vila Velha – existe potencial de melhoria semelhante e que poderá ser sensivelmente incrementado com alterações no sistema viário naquela cidade, que poderão ser adotadas no futuro", frisou a diretora.