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Perigo em casa: escorpiões podem se esconder dentro de sapatos e armários; saiba como se proteger

No último domingo, um menino de um ano de idade morreu, em Pedro Canário, no Norte do Estado, após ser picado por um escorpião

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A região Norte do Espírito Santo concentra o maior número de casos de infecções por picadas de escorpião do Estado. De acordo com Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), de janeiro a junho de 2020 foram 905 casos registrados na região. No último domingo, um dos casos, resultou na morte de uma criança de apenas um ano de idade, que foi picada em Pedro Canário.

As outras regiões do Estado também apresentam números altos de acidentes envolvendo os animais peçonhentos. Segundo a Sesa, na Região Central, no primeiro semestre deste ano, foram registrados 633 casos. Na região metropolitana foram 173 casos e na região Sul 49 pessoas foram infectadas por escorpiões.

De acordo com o biólogo André Capezzuto, do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), apesar da maior prevalência em ambientes rurais, o perigo também pode estar dentro de casa, nas áreas urbanas. 

"Este tipo de animal gosta de ficar escondido em madeiras, tijolos, telhas, onde há algum material orgânico, mas eles podem também acabar entrando dentro das casas, em armários e até em sapatos. Principalmente agora, durante este período de pandemia, quando deixamos os calçados do lado de fora das residências, os escorpiões podem aproveitar para se esconder dentro de botas e tênis, por exemplo", disse o biólogo.

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"É válido sempre bater os sapatos antes de calçar, porque os bichos buscam ambientes escuros para se esconder. Você batendo os calçados, pode evitar um susto no futuro", orienta o especialista. 

Ainda de acordo com o biólogo, em caso de acidente a primeira coisa a se fazer é buscar atendimento médico. 

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"A pessoa deve imediatamente buscar um hospital de referencia para que seja ministrado o soro antiescorpiônico. Mas é preciso cuidado, pois o próprio soro pode causar efeitos, que devem ser observados por médicos especializados. O indicado nestes casos é lavar o ferimento e não passar nenhum produto em cima, afim de evitar novas infecções. ", disse o biólogo.

"O veneno do escorpião causa um desequilíbrio em todo o sistema fisiológico do paciente e pode afetar o sistema cardíaco, respiratório e neurológico, por isso é considerado um acidente grave", alertou André.

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Como se proteger? 

A secretaria de Saúde do Estado orienta que se a pessoa for se embrenhar em matas ou plantações, seja a trabalho ou lazer, é válido levar um galho ou uma vareta para fazer movimentos no mato antes de seguir em frente. Dependendo da atividade, use luvas de couro. Se não estiver com a proteção adequada, evite pegar galhos no chão, colocar a mão em buracos e mexer em pilhas de madeira e troncos apodrecidos, pois esses bichos podem estar escondidos nesses locais.

A orientação também é manter o quintal limpo, evitar entulhos, lacrar caixas de gordura e bueiros. Dentro de casa também é importante ficar alerta. Bata a roupa de cama antes de deitar, afaste camas e berços da parede, bata os calçados antes de usá-los e não coloque as mãos em locais escuros ou com pouca visibilidade, como dentro de guarda-roupas e embaixo de móveis.

Números

Acidentes com escorpião no ES - janeiro a junho de 2020

Região Norte: 905 casos

Região Central: 633 casos

Região Metropolitana: 173 casos

Região Sul: 49 casos

Idades dos infectados:

Casos graves em menores de 14 anos no Estado: 6

Casos graves em adultos no Estado: 3

Criança morreu vítima de picada de escorpião no Norte do ES

Folha Vitória
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No último domingo (13), um menino de um ano de idade morreu após ser picado por um escorpião, em Pedro Canário, no Norte do Estado. O menino chegou a passar por três hospitais, mas não resistiu.

Segundo parentes da criança, Davi Matos Rebonato foi picado quando estava em um sítio da família. Logo após o acidente, o pai da criança levou o menino para um hospital da cidade, mas os médicos afirmaram que não havia soro para combater o veneno de escorpião.

A família então seguiu para o Hospital Roberto Silvares, em São Mateus. Lá ele foi medicado com soro, mas o quadro dele era grave e o menino acabou sendo transferindo para outro hospital em São Mateus, onde foi entubado. Davi foi diagnosticado com edema pulmonar e problemas cardíacos em razão do veneno e poucas horas depois acabou morrendo.

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