Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Notícias R7 – Brasil, mundo, saúde, política, empregos e mais

Programa de escolas cívico-militares não será encerrado no ES

O modelo foi criado em 2019 e durante os quatro anos de funcionamento, foram instalados 202 colégios que atendem aproximadamente 120...

Folha Vitória

Folha Vitória|Do R7

Folha Vitória
Folha Vitória

A decisão do encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) no Brasil, dividiu opiniões de pais e educadores em todo o país. Apesar da medida, colégios que adotam este modelo não sofrerão alterações no método de ensino no Espírito Santo. 

Ao todo, o Estado conta com 9 Escolas Cívico-Militares distribuídas em 6 cidades: Vila Velha, Viana (duas escolas), Nova Venécia, Cariacica (três), Sooretama e Montanha.

>> Quer receber notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

O modelo foi criado em 2019 e durante os quatro anos de funcionamento, foram instalados 202 colégios que atendem aproximadamente 120 mil alunos em todo o Brasil. Segundo dados do Ministério da Educação divulgados em dezembro do ano passado, 1,5 mil militares atuavam no projeto.


Grande Vitória

Atualmente, na região da Grande Vitória, existem seis escolas cívico-militares, uma em Vila Velha, duas em Viana e outras três em Cariacica, de acordo com as prefeituras dos três municípios, todas as escolas serão mantidas. 

Em Vila Velha, a unidade atende 816 alunos do 5º ao 9º ano no bairro Ilha da Jussara, na Região 5 e que as atividades no local continuarão em funcionamento. 


A prefeitura de Viana informou por nota da Secretaria de Educação (SEMED), que as duas escolas em funcionamento na cidade foram instituídas em parceria com o Governo do Estado. 

"Portanto, independente da decisão do governo federal, de quem a prefeitura não recebe recursos via Ministério da Educação, as instituições de ensino permanecerão funcionando normalmente com verba própria municipal", afirmou a prefeitura


Também por nota, a Prefeitura de Cariacica, por meio da Secretaria de Educação de Cariacica (Seme), informou que as unidades são bem aliviadas no município e atendem cerca de 1990 alunos. 

"Cariacica possui três escolas nessa modalidade, sendo uma em tempo integral, no bairro Itanguá, e duas em tempo regular, localizadas em Jardim América e Itacibá, com um total de 1.990 alunos", disse em nota.

A Seme ressalta ainda que somente uma das três escolas da modalidade é regida pelo governo federal, portanto, passará para a regência da secretaria.

As outras duas já são de projetos próprios construídos pelo município em parceria com a Polícia Militar do Espírito Santo e o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo. O ano letivo segue normalmente para todos os alunos da rede.

Norte, Noroeste e Litoral Sul

Nas demais regiões do Estado, o panorama é o mesmo apresentado nos municípios da Grande Vitória. As unidades serão mantidas, contrariando a decisão do governo federal. 

A Prefeitura de Montanha, no Norte do Espírito Santo, informou por nota que no município nunca houve intenção de fechamento da escola cívico-militar. 

Já em Sooretama, no Norte do Estado, a Escola Cívico-Militar João Neves Pereira, localizada no bairro Sayonara II, conta com 1050 alunos matriculados e também continuará com as portas abertas. 

"Como a resposta dos alunos e da comunidade foi positiva, refletindo no comportamento e atitudes dos alunos em ambiente escolar o programa continuará sendo mantido pela Administração Municipal e a Escola Cívico-militar João Neves Pereira continuará funcionando dessa forma", informou a prefeitura.

Já em Marataízes, no Litoral Sul, e São Gabriel da Palha, no Noroeste, as escolas sequer chegaram a ser inauguradas. Ambos os municípios passaram pelo processo de implantação, mas não chegaram a concluir todas as etapas. 

“O município de São Gabriel da Palha estava em processo de implantação da escola cívico-militar, na etapa de seleção da unidade que seria convertida para o novo modelo, portanto, não havia implantado até a presente data", disse a prefeitura de São Gabriel da Palha por meio de nota.

Ainda de acordo com a prefeitura do município, os alunos não serão impactados pela decisão e que o projeto de adaptação de uma das unidades municipais para receber o modelo cívico-militar será encerrado. 

A prefeitura de Nova Venécia foi procurada para comentar sobre o tema, mas até o momento, não houve retorno. A matéria será atualizada quando houver resposta. 

O que dizem os pais

A decisão do governo federal foi recebida com desconfiança e até certa decepção por parte de alguns pais que têm filhos matriculados em unidades cívico-militares pela Grande Vitória. 

De acordo com o servidor público Douglas Papa, que tem um filho que cursa o 9º ano na Escola Otacílio, em Vila Betânia, Viana, as escolas passam uma sensação de segurança aos pais, uma vez que contam sempre com a presença de um capitão da PM. 

Além disso, o servidor relata outros aspectos que considera vantajosos, como a entrada sem uniforme, fornecido pela instituição, não ser permitido, bem como não serem aceitos cortes de cabelo que fujam da norma. 

"Meu filho veio de outra escola que não era cívico-militar e o comportamento das crianças era completamente diferente. Claro que tudo passa por nós, pais, mas as regras da escola também contribuem bastante. Sou totalmente contra o fechamento desse método de ensino", afirmou.

A dona de casa Juliana Porto, de 39 anos, também é contra o encerramento das unidades. Mãe de uma filha que cursa o 5º ano em uma escola de Viana, defende que a instituição transmite segurança, além de disciplinar os alunos. 

"Para mim todas as escolas deveriam ser cívico-militares. Além de receberem uma boa disciplina, se tem segurança na escola, minha filha tem 9 anos e está na quarta série, mas estuda lá desde a primeira", disse.

Sedu e Ministério da Educação

Já a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) também foi procurada e destacou que a rede estadual de ensino não fez adesão ao modelo de escolas cívico-militares.

O Ministério da Educação também foi procurado, mas ainda não respondeu aos questionamentos. 

Leia Também: ES tem 9 escolas cívico-militares; veja mudanças com fim do programa

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.