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Quase triplica número de importunação sexual contra mulheres na Grande Vitória

Transporte coletivo é um dos locais onde este tipo de crime ocorre com maior frequência

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Trauma! Isso é o que a importunação sexual provoca nas mulheres que são vítimas desse tipo de violência. O número de casos na Grande Vitória aumentou quase três vezes nos primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado. 

A estatística justifica o medo enfrentado por muitas mulheres que trabalham, estudam ou que precisam utilizar o transporte público; onde a maior parte dos casos de importunação sexual acontece. 

Há cerca de duas semanas, uma babá de 41 anos foi vítima deste crime, em Vila Velha. O suspeito foi preso em flagrante ao se esfregar na mulher dentro de um coletivo.

"Eu comecei a sentir um senhor, na faixa de 43 anos, que se encostou de uma forma estranha. Teve uma hora que me imprensou. Nesse momento eu vi que não era normal", contou a vítima. 

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Passar a mão na mulher, apalpar o corpo dela, provocar o atrito contra o corpo da vitima são alguns exemplos de importunação sexual que, além de ferir a dignidade, é crime, como explica a delegada Claudia Dematté. 

"Diariamente mulheres são vítimas de crime contra a dignidade sexual. Esses crimes como estupro, importunação sexual, é um dos piores tipos de violência que uma mulher pode sofrer. Porque fere o corpo, a liberdade e a dignidade da vítima. A importunação é tipificada como prática de ato sexual, um ato libidinoso, sem o consentimento da vítima. Antes, esse tipo de conduta era punido de uma forma branda, mas com a tipificação como crime, essa conduta está sendo punida de forma mais rigorosa", disse. 

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Segundo a delegada, as vítimas estão se encorajando e buscando as autoridades para denunciar. Dados da Polícia Civil do Espírito Santo apontam que de janeiro a abril de 2020 foram registrados cinco casos de importunação sexual na Grande Vitória. No mesmo período de 2021 o número subiu para 14, ou seja, quase triplicou. 

Nesta semana, uma idosa de 64 anos foi abusada em uma fila de banco. Para a delegada, o local escolhido pelo importunador, que foi preso em flagrante, é típico de quem comete esse tipo de crime. 

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"Esses crimes são praticados em locais com aglomerações como, por exemplo, nos ônibus. Às vezes, a mulher está indo para o trabalho, fazendo atividades do seu cotidiano. Ocorrem também em festas, em filas", disse. 

Vencer o medo e a vergonha para chegar à coragem de denunciar o importunador é um dos maiores desafios das vítimas. 

"Quem insistir em praticar esse tipo de conduta mesmo após a mulher adverti-lo, por ser preso e autuado em flagrante. Por isso, é muito importante orientarmos as mulheres que estiverem sendo vítimas desse tipo de crime, que denuncie", orientou a delegada. 

A punição do criminoso é um grande passo para frear quem antes ficava impune. No entanto, para a polícia, não basta somente as vítimas denunciarem, toda a sociedade precisa brigar por essa causa. 

"Essa luta deve ser de toda a sociedade. Precisamos descontruir a cultura machista que existe na sociedade que levam homens a praticar esses atos absurdos, criminosos e repugnantes", finalizou. 

*Com informações da repórter Nathalia Munhão, da TV Vitória/Record TV.

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