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Setor de bares e restaurantes prevê retomada a partir de julho

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O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, afirma que há sinais de que os estabelecimentos do setor começam a se recuperar das perdas impostas pela pandemia de covid-19.

Na última semana, a associação moveu ações civis públicas na Justiça em todos os estados e no Distrito Federal, além de 270 municípios, exigindo a reparação financeira para os estabelecimentos associados que foram atingidos pelas medidas de fechamento do comércio em função da pandemia.

Solmucci explica que a Abrasel não é contra medidas de prevenção na pandemia, nem tampouco nega o risco de infecção da covid-19. O que ela questiona é a forma como lockdowns e fechamentos pelo país foram feitos, diz ele.

"Nenhum prefeito ou governador apresentou estudo algum mostrando o risco de uma refeição em um restaurante ou provou que o segmento trazia mais riscos ao público que ônibus, escolas, supermercados ou outras atividades econômicas", reclama.

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O abre e fecha de estabelecimentos, rotina desde março de 2020, levou 73% das empresas do setor a ficarem com dívidas em atraso. "O delivery deu uma ajuda ao garantir de 15% a 30 % no faturamento, mas nem todos os estabelecimentos têm essa opção. Não existe entrega de bar, por exemplo", analisa Solmucci.

Virada no segundo semestre

O dirigente, assim como sua associação, veem uma luz no fim do túnel com o avanço da vacinação no país. "Se pensarmos no percentual de pessoas imunizadas mais as que já pegaram a doença, temos razão em acreditar que a covid vai recuar no segundo semestre. Não é só otimismo, é o que a gente ouve de especialistas", afirma.

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"A Abrasel não acredita em terceira onda, então apostamos, sim, em um segundo semestre aquecido, no nível de 2019 em faturamento", acrescenta Paulo Solmucci.

"Com a flexibilização das medidas, anunciadas por prefeitos e governadores em quase todo o país, a gente já vê que o tíquete médio dos clientes aumentou, as contratações começam a ser feitas e devem ser impulsionadas a partir de julho", comenta.

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Segundo ele, é difícil precisar quanto as pessoas estão gastando a mais em bares e restaurantes, mas arrisca algo além dos 10%. "O sujeito que ia e pedia um prato principal e uma bebida, hoje pede entrada, prato principal, vinho e sobremesa."

O presidente da Abrasel acredita que após as 1,2 milhão de demissões de 2020 e as 100 mil de 2020, com o fechamento de 335 mil empresas, o pior já passou, mas o reflexo desse período de pandemia vai demorar um pouco para ser percebido.

Ele teme que os donos de bares e restaurantes tenham dificuldade a partir de julho para contratar pessoas com experiência e qualificação. "Isso por vários motivos, muitos que quebraram ou ficaram desempregados abriram pequenas empresas. Foram mais de 100 mil negócios no segmente como MEI (microempreendedor individual) em 2020."

"E se você olha a experiência de outros países do mundo, essas pessoas qualificadas foram absorvidas por outras atividades econômicas e dificilmente voltam para trabalhar em um bar ou em um restaurante", explica o dirigente.

 FONTE: Marcos Rogério Lopes, do R7

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