Motivo do ataque não foi revelado pelo suspeito
Folha VitóriaO adolescente de 16 anos, apontado como autor dos ataques que ocorreram em duas escolas de Aracruz, no norte do Espírito Santo, foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25). Ele era ex-aluno de uma das unidades alvo do ataque.
A informação foi divulgada pelo governador do Estado durante uma coletiva de imprensa. Segundo Renato Casagrande, o adolescente, que não terá o nome divulgado por ser menor de idade, teria planejado o ato nos últimos dois anos e escolheu esta sexta-feira para colocá-lo em prática. O motivo não foi revelado pelo suspeito, que prestou depoimento à polícia.
O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, explicou que o adolescente estudou na Escola Estadual Primo Bitti até junho deste ano, quando foi transferido para outra escola. O nome da unidade não foi informado.
"Fizemos uma análise rápida. Não estou preocupado com desempenho de nota. Minha preocupação é saber, por exemplo, se ele era aluno especial. Isso poderia indicar alguma situação. Ele não era. E depois se havia na ficha alguma anotação de conflito, também não havia nada. Não há nada além do registro escolar", disse.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, disse durante a coletiva que, inicialmente, o adolescente não tinha um alvo definido para os ataques.
Na manhã desta sexta-feira, o adolescente invadiu a Escola da Rede Estadual Primo Bitti e, em seguida, ele foi até o Centro Educacional Praia de Coqueiral. Para se locomover entre uma escola e outra, ele usou o carro do pai.
Foi por meio do veículo que os policiais militares, investigadores da Polícia Civil e os agentes da Polícia Rodoviária Federal conseguiram localizar o adolescente.
Durante os ataques, duas professoras e um aluno foram mortos. Outras 13 pessoas ficaram feridas. O adolescente confessou o ataque.
Com ele, foram encontrados uma pistola ponto 40 e um revólver calibre 38. A pistola era da Polícia Militar e pertencia ao pai do adolescente, que faz parte da corporação. A patente dele, no entanto, não foi informada. O revólver era uma arma particular do pai.
Os pais do adolescente, segundo a polícia, colaboraram com a ação que terminou com a apreensão do filho. Eles, ainda de acordo com as informações reveladas na coletiva, estavam abalados com o ocorrido.