VÍDEO | Jovem cadeirante faz rapel no Morro do Moreno e realiza sonho: "Liberdade"
Thais Lopes ficou paraplégica aos 24 anos após uma malformação arteriovenosa, e há quatro anos depende da cadeira de rodas para se locomover
Folha Vitória|Do R7
Quem já subiu o famoso Morro do Moreno, em Vila Velha, sabe das dificuldades e a falta de acessibilidade para realizar o trajeto — mas isso não foi empecilho para galera do Parajiu-Jitsu e a aluna Thais Lopes do Sacramento, de 28 anos, realizarem um sonho.
No último sábado (12), o projeto, que é de Colina de Laranjeiras, na Serra, realizou o desejo da jovem. Ela ficou paraplégica aos 24 anos após uma malformação arteriovenosa (uma anomalia do sistema vascular) e, há três anos, depende da cadeira de rodas para se locomover. Durante esse período, a moça tinha o desejo de se aventurar fazendo rapel.
Segundo a jovem, moradora do bairro Jardim Carapina, na Serra, os primeiro anos foram difíceis para se acostumar com nova forma de viver, mas, ao conhecer o projeto que atende diversas pessoas com deficiência, começou a ver a sua situação com outros olhos. Veja o vídeo:
"O projeto sempre incentivou a me desafiar. Assim pude ver o mundo com uma nova forma e, diante disso, quis realizar meu sonho de fazer rapel. Vi a foto de outra moça cadeirante fazendo o esporte, busquei a empresa que fez o serviço. Depois, contei para meus amigos do Parajiu-Jitsu que logo me apoiaram e fizeram a acontecer", contou Thais.
Sabendo das dificuldades, Elieser Batista, idealizador do Parajiu-Jujitsu, não desanimou da ideia. Com ajuda de outros colegas, levaram a jovem aventureira até o parque e iniciaram juntos a subida do morro. Para Elieser, todo o esforço foi válido por conta da alegria de sua aluna.
"Tenho esse projeto há três anos e proporcionar isso para nossa aluna me deixou com uma felicidade e gratidão enorme. Ver ela realizando um sonho, quebrando o padrão e sorrindo não tem preço. Isso nos mostra que nosso objetivo está sendo cumprido", contou.
Leia também: Terçol: entenda as causas, os sintomas e saiba como prevenir a doença
Após enfrentar a subida, Thais conseguiu fazer seu rapel de forma segura, acompanhada da beleza natural do Estado.
"A sensação de liberdade, frio na barriga e satisfação. Foi maravilhoso descer o rapel e poder ver a vista do morro de forma diferente. Pensava que não seria possível voltar ao parque, mas mostrei que posso e que todos também podem realizar suas vontades".
Além de aventureira, a jovem também é lutadora de Jiu-jitsu, e quer realizar outro desafio: participar do campeonato voltado para pessoas com deficiência.
Para isso, a jovem lutadora precisa de apoio para conquistar seu primeiro campeonato e conta coma solidariedade dos capixabas.