Desemprego atinge 12,5 milhões de pessoas em setembro, diz IBGE
Gazeta Digital|Do R7
O desemprego atingiu 12,5 milhões de pessoasno trimestre encerrado em setembro deste ano. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada na manhã desta terça-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Embora o número de desocupados seja alto, houve redução no número de pessoas desempregadas. A taxa ficou em 11,9% no período frente aos 12,4% do trimestre anterior (12,7 milhões), valor que mostra que cerca de 474 mil voltaram ao mercado de trabalho.
No mesmo período de 2017 (julho, agosto e setembro), a taxa de desocupados também era de 12,4%.
O resultado apresentado pela Pnad desta terça foi puxado pela informalidade. O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, afirma este ainda é um problema no Brasil.
“Podemos destacar a queda na desocupação, de 12,4% no trimestre de abril a junho para 11,9%, de julho a setembro. Tem uma retirada de pessoas da fila da desocupação, uma queda de quase meio milhão de pessoas. O problema maior desse avanço é que isso se deu em emprego sem carteira e por conta própria. É um resultado favorável, mas voltado para informalidade e aumento da subocupação."
O trabalho com carteira assinada se manteve estável em comparação com o mesmo trimestre de 2017. Segundo Azeredo, "foi a primeira vez que não houve queda significativa na carteira de trabalho na comparação anual. Foi uma variação negativa, mas não foi significativa".
O número de trabalhadores do setor privado sem carteira assinada chegou a 11,5 milhões de pessoas, com aumento de 522 mil ocupados. O número representa taxa de crescimento de 4,7% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 5,5%, crescimento estimado de 601 mil pessoas.
Procura por emprego
A taxa de pessoas ocupadas aumentou em 1,5%, ou seja, houve aumento de 1,3 milhão de trabalhadores no mercado. O total da população ocupada no período é de 92,6 milhões de brasileiros.
O salário médio dos trabalhadores ficou em R$ 2.222, valor que permanece estável em comparação com o trimestre anterior e com o mesmo período de 2017.
Segundo os dados da Pnad, aproximadamente 27,3 milhões de brasileiros são subutilizados. O número representa 24,2% e é menor do que o registrado no trimestre anterior (27,6 milhões) e maior do que o mesmo período de 2017 (26,8 milhões).
Também houve melhora quando se considera a quantidade de brasileiros que desistiram de procurar trabalho (chamados de desalentados). No trimestre encerrado em setembro deste ano, 4,8 milhões desistiram de encontrar um emprego, número que mostra estabilidade em comparação com o trimestre anterior, mas piora comparado com o mesmo período de 2017 (4,2 milhões).