Um policial militar suspeito de vazar informações da megaoperação contra a milícia no Rio de Janeiro foi detido nesta quinta-feira (20). Ele foi levado para prestar depoimento na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, zona norte do Rio, e liberado por falta de provas.
Segundo o delegado Moysés Santana, o PM negou que tenha tirado fotos de dentro do carro dele antes do início da ação e enviado as imagens por meio de um aplicativo de mensagens. Ele disse que o veículo estava com outra pessoa, que seria responsável pela lavagem do automóvel. No entanto, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.
De acordo com o balanço final, 21 pessoas foram presas na operação Heracles. Outros cinco procurados já estavam no sistema prisional.
Os agentes apreenderam ainda 10 armas de uso restrito – três fuzis e sete pistolas, além de carregadores, munições, rádios comunicadores, 10 caixas de cigarros contrabandeados, um veículo importado e duas motocicletas.
A ação tinha como objetivo cumprir 300 mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com milícias na zona norte e oeste da capital.
De acordo com informações da RecordTV, foram expedidos 97 mandados de prisão nesta operação, entre eles contra "Ecko", um dos homens mais procurados do Rio de Janeiro.
Para as ações, foram mobilizados 1.700 homens das Forças Armadas e 200 policiais civis, que tiveram o apoio de veículos blindados e helicópteros.