Greve de ônibus em São Luís (MA) chega ao 10º dia
Maranhão terá o primeiro final de semana, desde o início da greve, sem transporte
Cidades|Do R7, com Rede Record
Uma nova reunião realizada na tarde da última sexta-feira (30), para definir a situação do transporte público do Maranhão, terminou mais uma vez sem acordo, e assim, o estado chega ao 10º dia de greve dos rodoviários. Este é o quinto dia de paralisação total da frota de ônibus na capital que afeta 750 mil pessoas.
A assembleia foi convocada pela SMTT (Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte) e contou com a participação do STPPRENA (Sindicato dos trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão) e do SET (Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís). A expectativa, após a reunião, é que a greve continue no domingo.
Sem transporte, a população tem que utilizar meios alternativos para chegar ao trabalho, como por exemplo, a carona solidária. Conforme a Rede Record apurou, as empresas que dependem de seus funcionários também enfrentam problemas e têm que pagar táxis para o trajeto até o trabalho.
Negociações
Na última quarta-feira (28), uma reunião no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) terminou sem acordo entre patrões e empregados. Empresários e trabalhadores não mostram sinais de que podem ceder para colocar um fim ao movimento grevista. A categoria quer um aumento salarial de 16%, reajuste do tíquete-alimentação para R$ 500, inclusão de um dependente no plano de saúde, além da implantação do plano odontológico.
Os representantes do governo municipal insistem em um plano que inclui combate a fraudes nas gratuidades e fim da cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis vendidos para empresas de ônibus da capital, medidas que, segundo a projeção apresentada na reunião da última quarta-feira, podem economizar até R$ 2,5 milhões mensais.
Anteriormente, uma outra reunião, marcada para a manhã da última quinta-feira (29) precisou ser reagendada para a tarde por falta de quórum. Segundo o presidente do sindicato dos rodoviários Gilson Coimbra, os trabalhadores não conseguiram chegar a tempo, pois estavam sem transporte.