Grupo suspeito de explorar trabalhadores da Bolívia em fábricas clandestinas é alvo da PF
Suspeitos aliciavam as vítimas por meio das redes sociais e faziam tráfico de pessoas para trabalho em condições degradantes
Cidades|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
A Polícia Federal cumpriu 38 mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de manter trabalhadores bolivianos em condições análogas à escravidão, explorando a mão de obra em fábricas clandestinas. A operação foi realizada em 5 cidades nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Segundo as investigações, os suspeitos aliciavam as vítimas por meio das redes sociais e promoviam o contrabando e o tráfico de pessoas para trabalho em condições degradantes e com jornadas exaustivas. A Justiça também expediu 16 medidas cautelares de proibição de deixar o Brasil, além de 26 suspensões de atividades econômicas.
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Ao todo, os policiais estiveram em endereços nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP), Ribeirão das Neves (MG), Belo Horizonte (MG) e Corumbá (MS). Os nomes dos alvos não foram divulgados, e a operação conta com o apoio do Ministério Público do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego e da Defensoria Pública da União.
Acordo
Em junho deste ano, os governos do Brasil e da Bolívia firmaram um acordo para combater o tráfico de pessoas, contrabando de migrantes e crimes conexos. “Esse acordo reforça o compromisso mútuo de proteger migrantes vulneráveis e combater redes criminosas que exploram pessoas em situação de vulnerabilidade”, afirmou a PF.